Banca: Lucros do BPI descem para os 274,5 milhões no primeiro semestre

Os lucros do Banco BPI, instituição detida pelo grupo espanhol Caixabank. caíram 16% no primeiro semestre em termos homólogos para 274,5 milhões de euros, penalizados pela diminuição da margem financeira, anunciou hoje o banco. O documento mostra que a margem financeira, que representa a diferença entre os juros cobrados no crédito e os juros pagos…
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A instituição financeira apresentou hoje os seus resultados semestrais, que revelam uma queda de 16% nos lucros registados nos primeiros seis meses, como resultado de uma diminuição da margem financeira.
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Os lucros do Banco BPI, instituição detida pelo grupo espanhol Caixabank. caíram 16% no primeiro semestre em termos homólogos para 274,5 milhões de euros, penalizados pela diminuição da margem financeira, anunciou hoje o banco. O documento mostra que a margem financeira, que representa a diferença entre os juros cobrados no crédito e os juros pagos na remuneração dos depósitos, caiu 10%, para os 441,9 milhões de euros.

Segundo o comunicado emito pelo banco, a atividade em Portugal contribuiu com 241 milhões de euros para o resultado do Banco BPI, o que representa uma diminuição de 10% face ao semestre homólogo, refletindo a redução dos proveitos com juros decorrente do repricing do crédito com indexantes mais baixos. Já as suas participações nos bancos BFA e BCI tiveram um contributo total de 33 milhões de euros

O banco BPI refere ainda que a sua atividade registou um crescimento homólogo de 7% no crédito e de 6% nos recursos de clientes, o que não foi suficiente para compensar o impacto negativo da descida das taxas de juro. 

Apesar desta quebra da rentabilidade, o banco refere ainda que a sua atividade registou um crescimento homólogo de 7% no crédito e de 6% nos recursos de clientes. No entanto, ressalva que o crescimento do volume de negócios não foi suficiente para compensar o impacto negativo da descida das taxas de juro de mercado sobre a margem financeira. Logo, o produto bancário registou uma redução homóloga de 8%.

BPI continua forte na captação de poupanças

Citado em comunicado, João Pedro Oliveira e Costa, Presidente Executivo do BPI, salientou, a propósito: “Os resultados operacionais deste semestre demonstram, uma vez mais, o forte compromisso das nossas equipas com o serviço ao cliente. A qualidade do nosso trabalho reflete-se não só no crescimento dos volumes, mas também nos prémios atribuídos por entidades internacionais, em áreas como a banca de empresas, o private banking, a inovação ou a sustentabilidade”. Acrescentou ainda que o banco mantém uma forte evolução na captação de poupanças, com destaque para os fundos de investimento e outros recursos, que cresceram 12%. “Concedemos quase 2 mil milhões de euros em novo crédito à habitação, dos quais 467 milhões se referem a empréstimos com garantia para jovens, um segmento onde o banco tem feito um investimento significativo”, diz.

A carteira de crédito a empresas cresceu 5%, para os 12,4 mil milhões de euros, sendo que o crédito a PME aumento 8% para os 6,4 mil milhões de euros.

Ou seja, a contratação de novo crédito à habitação no primeiro semestre de 2025 atingiu 1,9 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento homólogo de 54% e a uma quota de mercado de produção de 17.4% (entre janeiro e maio). No total, a carteira de crédito à habitação aumentou 10%, para os 16,2 mil milhões de euros, tendo a sua quota de mercado neste segmento alcançado, no final de maio, os 14,8%.

Já no que diz respeito ao crédito a empresas, a sua carteira cresceu 5%, para os 12,4 mil milhões de euros, sendo que o crédito a PME aumentou 8% para os 6,4 mil milhões de euros. O BPI salienta que concedeu 600 milhões de euros em financiamento sustentável no primeiro semestre, quer a empresas quer a particulares.

 

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