O interesse pela sustentabilidade tem vindo a aumentar, nos últimos anos, e as preocupações com as alterações climáticas tornaram-se motores de decisão para clientes, investidores e decisores políticos. A banca de retalho está a reagir com a integração da sustentabilidade nos seus programas de transformação digital e três quartos planeia aumentar as despesas em iniciativas ambientais, sociais e de governance (ESG), dos quais quase 20% pretende fazê-lo de forma significativa. Os dados são revelados no relatório “Global Retail Banking 2022: Sense and Sustainability”, da Boston Consulting Group (BCG).
O estudo da consultora revela que um quarto dos bancos de retalho acredita que o ESG é uma área de foco primária para a sua transformação digital, e outros 38% afirmam que este é um critério-chave na seleção e priorização de iniciativas de transformação digital.

A BCG indica que quase metade dos bancos estão concentrados sobretudo em questões de sustentabilidade ambiental, tais como a redução do consumo de energia nos escritórios, e 60% estão a dar prioridade a questões de governance, como a gestão de incidentes de risco críticos e o desenvolvimento de ciber-resiliência de análises de risco preditivas para assegurar uma melhor preparação e mitigação.
Segundo dados da BCG, uma quota de 20% de produtos relacionados com ESG em novas receitas bancárias de retalho nos próximos cinco anos, por exemplo, resultaria numa quota de cerca de 10% do total das receitas bancárias de retalho – ou cerca de 300 mil milhões de dólares – em 2025.
Oportunidades para inovar
“Os bancos têm muitas oportunidades para inovar em práticas e produtos sustentáveis ao longo do ciclo de vida do cliente e para realizar bons negócios no processo. Uma destas oportunidades é através de empréstimos ‘verdes’, que oferecem descontos nos juros ou taxas aos compradores e construtores de propriedades energeticamente eficientes”, refere a BCG.
A consultora nota ainda que as instituições bancárias podem também utilizar a relação diária com os clientes, bem como as suas capacidades de envolvimento personalizado para os apoiar na adoção de uma vida mais amiga do ambiente e ética. “Nos EUA e no Reino Unido, quase nove em cada dez consumidores gostariam que as marcas os ajudassem a tornarem-se mais sustentáveis”, apurou a BCG.
Download do relatório aqui em baixo: