A Polícia Judiciária portuguesa participou, através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), numa investigação internacional dirigida ao combate ao branqueamento de capitais e ao cibercrime.
A investigação, apelidada de Operação “CryptoStorm”, envolveu autoridades norte-americanas e francesas, entre outras nacionalidades, tendo culminado com detenções de vários suspeitos, nos EUA e Europa, incluindo em Portugal.
De acordo com a PJ, as investigações demonstraram que os suspeitos, de nacionalidade russa e ucraniana, tinham criado e desenvolvido uma plataforma comercial de troca de criptoativos, denominada BITZLATO, com intuito de converter ativos criptográficos como bitcoins, athereum, litecoins, bitcoin cash, dash, dogecoins e USDT, em rublos, suspeitando-se que tenha sido utilizada para branqueamento de capitais, provenientes de atividades ilícitas, tais como ciberataques, fraudes, vendas fraudulentas em mercados darknet, ransomware e outros tipos de crime.
A Operação “CryptoStorm”, coordenada a nível internacional pelas autoridades francesas, foi o culminar de alguns meses de cooperação internacional, permitindo a identificação e localização de vários suspeitos, um dos quais a residir em Portugal.
A Operação “CryptoStorm”, contou, a nível nacional, com intervenção do Ministério Público através do DIAP de Lisboa, em articulação com a EUROPOL, o EUROJUST, serviços policiais dos EUA, de Espanha, do Chipre e dos Países Baixos, tendo sido realizadas várias buscas domiciliárias, “apreendendo-se um valor elevado em criptoativos e um acervo relevante de dados que permitirão determinar a total abrangência dos factos, recolha de prova e cabal incriminação dos autores”, explica a PJ em comunicado.