Em 2013, Adrian Bridge, director-geral das multisseculares Taylor’s, Croft, Fonseca e Krohn, comemorou 50 anos de vida. Na clássica dúvida sobre o que se dá a quem já tem tudo, houve quem acertasse no presente: uma aguardente de 50 anos. Inspirado nessa edição cinquentenária, Adrian, genro de um decano dos vinhos do Porto que desde 2000 lhe entregou a direcção da empresa, pegou nas reservas da colheita de 1964 e criou o Taylor’s 50 anos. O ex-membro da primeira divisão de guardas da Rainha de Inglaterra explica à FORBES que a ideia pegou e, num produto de 250 euros por garrafa (dobro do vintage de 2011), vende entre 10 mil a 15 mil por ano.
Adrian carrega sobre si o legado acumulado de um milénio de Porto: 101 anos de história da Fonseca, 151 da Krohn, 324 da Taylor’s e quase 430 anos da Croft. Tudo está concentrado na The Fladgate Partnership, a terceira maior produtora nacional de vinho em vendas, após a Symington e a Sogrape. As raízes da empresa remontam ao período em que os ingleses comerciantes, beneficiando da velha aliança luso-britânica, se instalaram em Portugal para comercializar vinho para o seu país. Foi o caso de Job Bearsley, que veio para Portugal no século XVII, e cujo filho Peter desceu de Viana do Castelo, onde os ingleses estavam instalados, para procurar um néctar menos ácido e adstringente que os verdes do Minho. Encontrou-o no vinho que descia o selvagem Douro em barcos rabelos, ajudando o pai a lançar a base da Taylor’s a partir de Gaia.
Para lá da bandeira de região vinícola mais antiga do país, demarcada por ordem do Marquês de Pombal, o Douro é também a região mais “generosa” em Portugal. De acordo com dados do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), a produção atingiu 1,4 milhões de hectolitros no Douro e Porto, acima dos 1,2 milhões do Alentejo, num total nacional de 6,2 milhões de hectolitros produzidos (ou 620 milhões de litros). Apesar de Portugal constar entre os cinco maiores produtores de vinho na Europa, os 1,2 mil milhões de euros gerados anualmente pelo sector não chegam a representar 5% do comércio mundial, avaliado em cerca de 28,8 mil milhões de euros, segundo números avançados pelo relatório “Wine by Numbers”, da Unione Italiana Vini.
Os mais de 730 milhões de euros anuais de exportação e o aumento do preço médio do vinho português – quarto maior a nível mundial – consubstanciam as preocupações em relação ao sector, que se revela “fulcral” nas exportações do país. Frederico Falcão diz que os 1,2 mil milhões de euros anuais apontados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o sector estão subestimados, faltando contabilizar actividades satélite como o vidro, cortiça, rótulos e caixas. E realça a importância dos 70 milhões de euros anuais de fundos comunitários e nacionais para apoio à reestruturação de vinhas e promoção de vinhos (para depois de 2020 não há garantias, diz), dos quais resultam “grande crescimento da qualidade dos vinhos e sua exportação”. Ainda assim, como explica Jorge Monteiro, presidente da Viniportugal, a tradição culmina numa dispersão de produtores – 100 mil –, faltando dimensão a muitas propriedades, empresas e marcas. O Douro não é excepção.
Apesar deste contexto e da perda de 80% das vendas para Angola em apenas dois anos, as exportações aumentaram em 2015. Este ano haverá crescimento nulo – que Jorge antevê – ou talvez um reforço, na previsão de Martim Guedes, da Aveleda. Em termos de sucesso da vindima de 2016, Adrian diz à FORBES que “não há muita quantidade [de vinho], mas a qualidade é fantástica”.
Muita parra e muita uva
Nos últimos seis anos, o sector vinícola tem enfrentado vários contratempos que contribuem para um crescimento amorfo da actividade, o que fica espelhado no incremento médio anual de apenas 1% da produção nacional de vinho.
vinho ruim vai acabando
Longe parece ir o tempo das práticas descuidadas sintetizadas no lema – mito rural ou não – atribuído a José Maria da Fonseca: “até da uva se faz vinho”. O enólogo David Guimaraens assume que a chegada de gente nova ao sector está a permitir a recuperação de níveis de qualidade e da notoriedade a regiões como a Bairrada e o Dão. Sem contemplação, o director técnico e enólogo responsável da Fladgate diz que “havia vinhos de regiões tradicionais verdadeiramente maus” pelo que algumas delas “mereceram morrer”.
Manuel Vieira, enólogo e consultor da Caminhos Cruzados, destaca as migrações dos seus confrades das regiões dominantes para as secundárias, para “experimentar novos desafios e novos tipos de vinho”.
Numa evolução na qualidade que considera “espectacular”, recorda que em 1985, quando entrou na Ferreirinha, havia apenas dois enólogos com formação superior. Desde então aumentaram em número e formação. Os fenómenos de fermentação e evolução dos vinhos são controlados e, porque sem boa uva de pouco vale a boa enologia, a viticultura acolheu gente nova, formada na academia e também ela essencial, diz Manuel. O enólogo dá o exemplo do vinho branco que já foi tradicionalmente mal feito, mas registou “um aumento de qualidade muito significativo” com a evolução da enologia e técnicas de vinificação.
À recuperação da qualidade não é alheia a educação do consumidor, atraído pela novidade e por revistas especializadas e restauração, destaca Manuel. “Há 30 anos, as pessoas gostavam de comer bem, mas não ligavam tanto ao vinho que bebiam”, diz David. A partir da década de 1990 despontou o Alentejo (Monte Velho à cabeça), e na década seguida também o Douro (destaque para o Esteva), explica.
As distinções em concursos internacionais e em revistas têm ajudado o trabalho da Viniportugal, que viaja pelo mundo a promover a marca “Wines of Portugal”. O que não faz sentido é o preço baixo, sublinha o presidente da instituição. A prevista queda de produção, generalizada na Europa, devido às chuvas tardias de Maio, leva Jorge a desejar “cabeça fria” para compensar no preço o que se perderá em volume.
Com a promoção direccionada a mercados em crescimento e predispostos a consumos ocidentais, o vinho português escalou degraus competitivos no Canadá, China e Noruega, e, de forma mais intensa, Suíça, Polónia, Japão, Singapura e Coreia, aponta a Viniportugal. Do Japão, China e EUA, Frederico Falcão espera a compensação para a estagnação europeia. Como tendências de consumo aposta em vinhos mais elegantes e menos alcoólicos – realce para brancos, rosados e espumantes. A redução do grau alcoólico advém da vida moderna e “já hoje em dia preocupa bastante o sector”, diz o enólogo Manuel Vieira.
Longe da liderança
Portugal é o quinto maior produtor da Europa, atrás da Alemanha (que teve um forte crescimento) e dos gigantes Espanha, Itália e França. No panorama mundial, Portugal figura na 11.ª posição, longe dos líderes europeus e dos vinhos do “novo mundo”.
O segredo do sucesso
Martim Guedes, administrador da Aveleda, assegura que “o sector está hoje mais preparado, como nunca esteve, para a difícil competição” mundial. Desde finais do século passado nota a evolução “tremenda” num país que numa década passou de exportações de 500 milhões para 800 milhões de euros anuais. Uma consequência da profissionalização e ganho de conhecimento no sector. Somaram-se técnicos em enologia e viticultura que ajudaram a aprimorar vinhos que considera “melhores e mais consistentes”, com credibilidade e reconhecimento. A escolha de três vinhos nacionais para os melhores do mundo da revista “Wine Spectator” em 2015 “é notável”, diz Martim.
Parte do reconhecimento internacional provém da diversidade e singularidade das castas e do terroir (número complexo de factores que influenciam a biologia da videira e, por consequente, a qualidade final da uva e do vinho) aponta a Viniportugal, que concentra a comunicação numa dezena de castas, apesar de existirem cerca de 250, das quais 100 usadas na produção de vinho. Para “renovar a vantagem competitiva” e surpreender os críticos internacionais, a entidade vai reforçar a quantidade de castas comunicadas, anuncia o seu presidente à FORBES. O mundo está atento e a Austrália é disso exemplo, com os estudos com tinto cão para procurar soluções para o aquecimento global.
David vê como primeira condição para um bom vinho o prazer que dá ao consumidor. Pode ser um LBV da Taylor’s – conceito criado em 1970 por Alistair Roberston, sogro de Adrian, a partir de uma só colheita de Porto, tal como o vintage, mas envelhecido mais tempo antes de ir para garrafa e com menos estágio nela, o que permite o consumo logo ao fim de 10 anos, em vez de 20. Mas também um Mateus Rosé, “consistente, sempre igual, fácil de beber”, diz David. Ou um Croft Pink, Porto que o enólogo diz ser tecnicamente evoluído. Tal como é a sangria da Casal Garcia, da Aveleda, segundo o responsável técnico da empresa, que assegura não ser um subproduto (ao contrário do que nos diria o senso comum), mas sim resultado da investigação que as novas gerações trouxeram ao mundo do vinho. E por isso se vende acima dos 3 euros. “O que mudou nos últimos 20 anos foi que antes fazíamos os vinhos mais caros, e os mais baratos eram imbebíveis”, considera David, que observa um consumidor “muito mais rico, porque há bons vinhos mais baratos no velho mundo”.
Em termos de sucesso da vindima de 2016, Adrian Bridge diz à FORBES que “não há muita quantidade [de vinho], mas a qualidade é fantástica”.
O vinho vai falar
À frente de um negócio em que o crescimento exige a cada ano mais stock e investimento, Adrian decidiu associar o turismo à produção de vinho, core business da Fladgate, conseguindo fluxos de caixa imediatos que suportam os stocks de Porto. “As duas partes são simbióticas. Ao mesmo tempo o turismo dá-nos novos consumidores. Com o crescimento dos dois negócios encontrámos um ciclo virtuoso”, explica-nos o director-geral da Fladgate.
Em 2001, Adrian comprou a Croft à Diageo. A multinacional líder do mercado de bebidas alcoólicas não se entendeu com o Porto. Ao contrário da vodka, que Adrian nota que envelhece logo na linha de engarrafamento, e pode ser produzida em todos os dias do ano, nos vinhos “só há uma vindima”, com anos maus, frisa o director-geral. E o Porto requer tempo de maturação. Em stock, a Fladgate tem 42 milhões de litros de vinho. “Nós não sabíamos há 20 anos o nível de vendas de hoje. Não sabemos hoje as vendas em 2036. Podemos fazer um cálculo. Se pensarmos que será o mesmo nível de crescimento, precisamos de quase metade da nossa vindima deste ano só para [armazenar] o [Porto] de 20 anos” produzido em 2016, realça. Olhado sob esta luz, o Croft Pink, rosé de Porto criado pelos enólogos da Fladgate em 2008 a pedido de Adrian, torna-se mais que a quebra da formalidade do Porto tradicional. É um modo de monetizar cada produção num espaço de meses. E os rosé contam já por 1,5% do sector, quase o mesmo que os vintage, diz-nos Adrian. “Quando tenho um produto que demora mais de um ano [a maturar] preciso de armazéns, pessoal, cascos, balseiros. Um capital que não é só líquido, é de edifícios, pessoal. No rosé, que se bebe muito jovem, faz-se vindima, vende-se até à próxima e faz-se outra vez. É bom negócio, porque não implica mais capital para crescimento”, garante.
António Magalhães, director de viticultura da Fladgate, caminha na Quinta da Roêda, no Pinhão, e, enquanto guia a FORBES pelo vinhedo no penúltimo dia da vindima de 2016, acentua como os dias de vindima foram auspiciosos – a 6 de Setembro, na quinta mais oriental do grupo, Vargellas, casa da Taylor’s, o ar chegou a 43,4 graus e a humidade não tocou nos 10%. “Não é normal somarmos tantos dias extraordinários de vindima”, diz o viticultor. Terminada a campanha, resta torcer por um Inverno bondoso – resguardado nas geladas quintas do Douro, o vinho protege-se de pragas, antes de viajar até Gaia, na primavera, onde esperará nas caves para se revelar ano e meio após a colheita. Fechada a vindima de 2016, António termina com uma máxima da família: “agora, devemos deixar o vinho falar”.
A Roêda é uma das 11 quintas da Fladgate e conjuga produção e enoturismo. A algumas centenas de metros, ao lado do hotel Vintage House, no Pinhão, a empresa fará um museu dedicado ao vinho da região.
Pastel de bacalhau e queijo com Taylor’s
Quem já tenha experimentado em Lisboa ou no Porto um pastel de bacalhau com queijo acompanhado de um copo de Taylor’s Chip Dry (o Porto branco foi uma criação da marca há oito décadas) talvez não saiba que este é um negócio da Fladgate Partnership, juntamente com o empresário António Quaresma e o ex-responsável da RTP Alberto da Ponte. Desde a Primavera foram vendidos 90 mil copos de Porto. “O restaurante é normalmente o local onde podemos provar com pouco risco, porque não necessitamos de comprar uma garrafa inteira”, destaca Adrian. Por isso, para que os empregados de mesa em geral se tornem embaixadores do vinho do Porto, a Fladgate está a elaborar com a Escola de Turismo de Lisboa um curso para iniciar em 2017. “Hoje em dia é ainda mais importante, porque tivemos um crescimento do turismo”, nota o director-geral da empresa que já investiu 3,5 milhões de euros desde 2007 na promoção do destino Porto. O investimento não é inocente: nesse ano, Adrian decidiu erguer na encosta de Gaia um cinco estrelas que lhe valeu críticas pela ousadia. “O Porto é só o Porto”, diziam-lhe. Na outra margem, o Sheraton cobrava 130 euros. O Yeatman, aberto em 2010, começou nos 260. “Hoje custa 330 euros e ainda está cheio”, diz. Para dar ao turista mais que alojamento e prolongar visitas de 2,5 para 3,5 dias, um centro de experiências surgirá nos deprimidos armazéns que sobem a encosta da margem do Douro ao Yeatman. Uma “coisa dinâmica” com novas tecnologias para contar a história de “duas ou três épocas importantes da região” e dos vinhos portugueses, explica. A montante, no Pinhão, haverá o museu do DOC Douro e dos vinhos do Porto.
Origem do vinho
Mais de 50% da produção nacional de vinho está concentrada em três regiões: Douro e Porto, Lisboa e Alentejo. Já na hora de beber, é no Alentejo que os copos de vinho se enchem mais vezes, seguido do Minho e do Douro.
Ciclo vicioso de sucesso
O vinho do Porto continua a ser rei nas contas da Fladgate Partnership, mas cada vez mais o turismo se torna numa fonte de receita importante para a empresa de Adrian Bridge, representando já mais de 14% do volume de negócios.
David Guimaraens, director técnico e enólogo responsável da Fladgate, revela que a chegada de gente nova ao sector está a permitir a recuperação da notoriedade a regiões como a Bairrada e o Dão.
3 produtoras de referência
Na lista de empresas produtoras de vinho sediadas em Portugal, a Fladgate Partnership é a terceira maior em vendas, após a Symington e a Sogrape. Metade da receita de 1,2 mil milhões de euros gerados pelo sector é originado por uma dúzia de empresas, onde pontifica a Aveleda e a Casa Ermelinda Freitas.
Sogrape – A multinacional dos vinhos
Jorge Monteiro, presidente da Viniportugal, aponta o Mateus Rosé como a marca global dos vinhos portugueses. Diz-se que era a preferida do ditador Saddam Hussein e do cantor Jimi Hendrix – a casa museu inaugurada em Londres este ano mostra a inconfundível garrafa sobre uma mesa. Por detrás do Mateus está a Sogrape, considerada por David Guimaraens como “a multinacional dos vinhos” – o enólogo vê dimensão nos Porto e no Periquita. Os números sustentam essa classificação: no ano passado, a Sogrape facturou mais de 132 milhões de euros, liderando de longe o ranking das maiores produtoras de vinho nacional.
Neste Portugal que David diz acostumado a “fazer coisas boas em pequeno volume” há também espaço para o Barca Velha, a antítese do Mateus. Em Maio, Luís Sottomayor, enólogo da Sogrape (na foto) declarou 2008 como o ano de Barca Velha, um primor das uvas tintas do Douro. Do Minho (Gazela, entre outros), até às planícies do Alentejo (Herdade do Peso), a empresa fundada em 1942 possui 830 hectares de vinha. Nos licorosos tem, além de Porto, o Madeira Sandeman.
Aveleda – Bandeira de Portugal
Produtora daquele que é talvez o mais famoso vinho verde, o Casal Garcia, a Aveleda tem em Portugal o principal mercado para a produção anual de cerca de 17 milhões de garrafas. O objectivo é atingir os 20 milhões até 2020. O próximo ano será “particularmente difícil”, admite Martim Guedes (na foto), administrador da Aveleda, devido à falta de vinho sentida “um pouco por todo o país” nesta vindima. Isto poderá significar que os 32 milhões de euros facturados em 2015 se revelem numa meta de difícil concretização.
No portefólio da empresa, que este ano avançou para a compra de uma quinta no Douro com 50 hectares de vinha e adega própria, destacam-se, além do Casal Garcia – verde e rosé – os Aveleda Vinho Verde e Quinta da Aveleda Loureiro/Alvarinho. Os EUA e Alemanha são os principais mercados de destino das vendas internacionais, com 15% de quota cada. O descendente de família tricentenária na enologia realça a importância do vinho, “uma bandeira de Portugal no exterior, um produto de prestígio para o país, com muita qualidade”. Com o consumidor cada vez mais exigente, informado e envolvido, Martim vê nos mais jovens o foco da exigência de inovação e variedade.
Casa Ermelinda Freitas – O vinho com notas femininas
Leonor Freitas (na foto) é já uma ilustre da Península de Setúbal. Foi com ela que a Casa Ermelinda Freitas deixou o vinho a granel que produzia desde a fundação em 1920 e se dedicou às marcas próprias. Passou de duas castas para 29, de 60 para 440 hectares de vinha e criou uma adega moderna. Em 2009, Cavaco Silva atribuiu a Leonor a comenda de Mérito Agrícola.
O Dona Ermelinda (branco, tinto e reserva) é a marca principal do lote de referências assegurado pelo enólogo que com Leonor lançou a primogénita, em 1998, o vinho Fernando Pó – a localidade que acolhe a empresa. Nesta foram investidos mais de 15 milhões de euros nos últimos dez anos, aos quais se juntarão mais 4 milhões no engarrafamento e no enoturismo. Dos cerca de 10 milhões de litros de vinho anuais – parte com uvas de outros produtores da região –, 40% é exportado para mais de 20 países, e por isso um importante catalisador da facturação da empresa, que fechou o ano passado com um volume de negócios de quase 17 milhões de euros. “O sector é um dos poucos com força exportadora e o vinho é um produto nacional e transversal no país”, realça Leonor, que seguiu as pisadas de Leonilde Germana e Ermelinda, sua mãe. A sucessão será feita com Joana.
Na Taylor’s, a média das vendas após cada vindima é de sete anos, na Fonseca quatro e na Croft em torno dos três. Em stock estão 42 milhões de litros de vinho.