Assalto ao Louvre: conheça as oito peças que foram roubadas e a nona que os ladrões deixaram cair na fuga

O roubo no Museu do Louvre, em Paris, rendeu aos assaltantes oito joias de “inestimável valor patrimonial”, incluindo dois colares, segundo o governo francês. O Ministério da Cultura francês, que confirmou o furto em comunicado, adianta que um nono item foi alvo do "apetite" dos ladrões, a coroa da imperatriz Eugénia de Montijo (1853-1870), mulher…
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O Ministério da Cultura francês divulgou a informação das oito peças valiosas que foram roubadas no assalto deste domingo no Museu do Louvre. Conheça essas joias da coroa francesas desaparecidas.
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O roubo no Museu do Louvre, em Paris, rendeu aos assaltantes oito joias de “inestimável valor patrimonial”, incluindo dois colares, segundo o governo francês. O Ministério da Cultura francês, que confirmou o furto em comunicado, adianta que um nono item foi alvo do “apetite” dos ladrões, a coroa da imperatriz Eugénia de Montijo (1853-1870), mulher de Napoleão III, tendo, porém, sido deixada para trás durante a fuga dos assaltantes e encontra-se a ser avaliado.

Pelas 9:30h de domingo (menos uma hora em Lisboa), à abertura do Museu, os assaltantes entraram na Galerie d’Apollon (Galeria de Apolo), um salão dourado e ricamente pintado, encomendado pelo rei Luís XIV, que abriga as joias da coroa francesa.

Esta é a Galeia de Apolo que foi assaltada

 

Os ladrões entraram através de uma janela pouco depois da abertura do museu, utilizando um elevador (empilhador) usado para içar móveis para dentro dos edifícios. Os indivíduos utilizaram uma espécie de motoserras com discos de corte para penetrar nas duas vitrines que guardavam as joias.

Numa cena própria de cinema, em apenas quatro minutos, os ladrões fugiram em scooters (a informação inicial falava de trotinetes, mas tudo parece que se trataram de scooters), transportando oito itens datados da era napoleónica, deixando cair um nono item quando estavam a fugir.

De acordo com a procuradora de Paris, Laure Beccuau, o grupo era composto por quatro homens com os rostos cobertos, que fugiram “em scooters de alta potência” após o roubo. Pelo menos, um dos assaltantes tinha vestido um colete amarelo, havendo imagens avançadas pela estação BFM TV, do momento em que uma das vitrines estava a ser arrombada. Pode ver a partir do minuto 2:28 do vídeo:

 

Entre as joias roubadas, conta-se o colar de safiras da rainha Maria Amélia e da rainha Hortênsia, composto por oito safiras e 631 diamantes:

 – Diadema do conjunto de joias da rainha Marie-Amélie e da rainha Hortense:

Diadema do conjunto de joias da rainha Marie-Amélie e da rainha Hortense

 

 – Colar do conjunto de joias de safiras da rainha Marie-Amélie e da rainha Hortense:

 

 – Brinco, de um par do conjunto de joias de safiras da rainha Marie-Amélie e da rainha Hortense:

 

 – Colar de esmeraldas do conjunto de Marie-Louise:

 

 – Par de brincos de esmeraldas do conjunto de Marie-Louise:

 

 – Broche conhecido como broche relicário:

 

 –  Diadema da imperatriz Eugénie:

 

 – Grande laço de corpete da imperatriz Eugénie (broche):

 

 

 

À estação televisiva BFM TV, Beccuau afirmou que os ladrões não levaram o famoso diamante Regent, que está guardado na mesma galeria e que a Sotheby’s estima que vale mais de US$ 60 milhões (51,5 milhões de euros).

A coroa da rainha Eugénia foi roubada, mas os ladrões deixaram-na na cair, tendo sido recuperada pelas autoridades, embora se admita que possa ter ficado com alguns danos.

 

As autoridades estão a investigar a existência de possíveis “patrocinadores ou agentes internos” ligados ao crime. “Tudo isto demonstra preparação”, afirmou Beccuau à estação televisiva francesa BFM TV, acrescentando que, embora não se descarte uma possível interferência estrangeira, essa “não é a hipótese preferida”.

Entre as linhas de investigação, as autoridades estão a considerar a possibilidade de o roubo ter sido encomendado por um colecionador privado ou de ter como objetivo o desmantelamento das peças para venda das pedras preciosas individualmente.

A polícia de Paris lançou uma operação de grande escala para identificar e capturar os assaltantes, enquanto o Louvre permanece parcialmente encerrado ao público até nova avaliação de segurança.

O Ministério da Cultura francês classificou o furto como “um golpe no património francês” e destacou que as joias roubadas “fazem parte da história e da identidade cultural da França”. O Museu do Louvre permanece fechado esta segunda-feira.

com Lusa

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