“Todos os anos a Black Friday gera grande agitação à escala mundial. Contudo, este ano, devido a vários fatores como o pós-pandemia, atrasos na distribuição, inflação, mudança de mentalidade de consumo ou até o facto de a sexta-feira ter passado a um fenómeno de vários dias, vamos senti-la de forma diferente”, afirma Michael Levitz, chefe de negócios da Reaktor, consultora tecnológica finlandesa especializada em desenvolvimento de software, criação de experiências de marca e transformação digital.
A Reaktor aponta três tendências que se vão fazer sentir este ano na Black Friday:
Stocks de qualidade
Todos os anos a Black Friday é marcada por um jogo de “gato e rato” entre consumidores e retalhistas: os retalhistas atraem compradores com a promessa de descontos imperdíveis, enquanto os consumidores querem ser os primeiros a entrar nas lojas para agarrar os poucos artigos que realmente valem a pena. Este ano, refere a Reaktor, é diferente: há um excesso de inventário de alta qualidade a encher prateleiras e armazéns.
Esta Black Friday será marcada “por muitas oportunidades para conseguir bons negócios e, por isso, os consumidores devem pensar em comprar artigos que vão querer na próxima primavera. As melhores ofertas vão centrar-se em produtos que chegaram na estação errada devido a atrasos na cadeia de fornecimento, como mobiliário de exterior e artigos para jardim; artigos que perderam valor à medida que as pessoas regressaram à vida normal e ao escritório, como eletrodomésticos de cozinha; ou que foram cortados nos gastos discricionários dos consumidores devido à inflação, por exemplo artigos não alimentares de preço superior”, aponta a Reaktor.
Experiência do consumidor melhorada
“Foi este ano que as lojas físicas regressaram à sua atividade na totalidade, o que significa que a Black Friday terá uma experiência ainda mais intensa. Após um período marcado por compras e vendas online, o investimento que os retalhistas fazem no seu espaço físico para reconquistar consumidores, é muito elevado”, analisa a Reaktor.
“As marcas estão a transformar os seus locais de venda a retalho em ambientes de imersão total. Já não há compras casuais: os consumidores estão numa missão intencional para atingir um objetivo e o papel do retalhista é ajudar a cumprir esse mesmo objetivo”, complementa.
Promoções esticadas a mais dias
“Após terem passado por momentos de grande dificuldade nos últimos anos, os retalhistas não tiveram escolha senão integrar o e-commerce na experiência do consumidor. O online e o físico funcionam agora como um único canal e, por isso, as compras nesta Black Friday serão vividas de forma mais intensa e até mesmo conveniente”, refere a Reaktor.
“Esta Black Friday e Cyber Monday passarão a funcionar apenas como uma e, por isso, a experiência será vivida através de um grande evento de quatro dias cheios de oportunidades que podem ser aproveitadas tanto numa experiência em loja, como no conforto de cada casa”, conclui esta empresa.