Pelo terceiro ano consecutivo Mário Centeno volta a apostar na devolução de rendimentos via diminuição do Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS) e aumento das pensões, em troca de um aumento generalizado dos impostos indirectos. Percebe-se a estratégia do ministro das Finanças.
A receita tem funcionado e ele espera que continue a funcionar no próximo ano. Há, no entanto, duas mensagens no Orçamento do Estado para 2018: A primeira é que após o êxtase macroeconómico vivido este ano com o maior crescimento económico do século, as previsões para o próximo ano aconselham moderação nas expectativas. E a segunda é que apesar de aliviar o fardo do IRS, o Estado aumenta o peso na economia e recolhe a maior receita fiscal de sempre, cerca de 43,7 mil milhões de euros.