A escassez de talento e de competências específicas tem vindo a ser, cada vez mais, um desafio para os empregadores, que enfrentam dificuldades em preencher as vagas que lançam para o mercado. Ainda que este cenário se verifique em quase todos os setores, é nas Tecnologias da Informação que surgem algumas das maiores necessidades.

Segundo o Talent Shortage 2022, estudo desenvolvido pelo ManpowerGroup, cerca de 84% dos empregadores desta área têm dificuldades na aquisição de talento, sendo que 27% revelam que esta realidade está relacionada com a falta de soft skills dos candidatos – dado do The New Age of Tech Talent, estudo do mesmo grupo.

Esta é, porém, uma área cada vez mais escolhida pelos estudantes, que pretendem ingressar neste setor competitivo, por apresentar grandes perspetivas de futuro e crescimento.

A Experis, marca especializada em talento e tecnologia do ManpowerGroup, apresenta cinco soft skills que os alunos devem desenvolver para ingressarem nesta carreira de futuro.

Resiliência e adaptabilidade

Face às constantes mudanças do mercado de trabalho, grande parte dos empregadores afirma que a resiliência e a adaptabilidade constituem importantes competências de um profissional em início de carreira. Quando confrontado com momentos de tensão, é fulcral que o colaborador tenha a capacidade de os superar, contribuindo para resolver os problemas que enfrenta, e que se consiga adaptar às várias situações, circunstâncias e necessidades.

Fiabilidade

No ramo das TI é também valorizado que os profissionais sejam, desde o primeiro dia, fiáveis e confiáveis. Este é um requisito relevante para os empregadores, uma vez que a criação de uma relação de confiança com os colegas e no âmbito das equipas de projeto é indispensável. Este vínculo permitirá ainda um maior crescimento do profissional, bem como um mais rápido assumir de responsabilidades.

Capacidade de resolução de problemas

Procurada por cerca de 26% das empresas, segundo o Talent Shortage, a capacidade de resolver problemas é uma das soft skills que os profissionais mais devem desenvolver. Encontrar soluções práticas para problemas específicos, através de um pensamento crítico e analítico, é fundamental. Isto é ainda mais visível em casos como o desenvolvimento de software, em que o surgimento de falhas no código é uma constante para os programadores, que têm de identificar o erro e encontrar uma solução rapidamente.

Criatividade

Para realizar as mais diversas funções, é valorizada a capacidade de o profissional criar e desenvolver ideias disruptivas, que venham contribuir para a constante inovação e transformação digital da empresa em que trabalha.

Autodisciplina

O estudo Talent Shortage avança que 30% das empresas destacam a autodisciplina como um atributo necessário num candidato, nomeadamente nas TI. Desta forma, ter a capacidade de se autogerir e de manter o foco e o controlo do seu tempo é particularmente importante, uma vez que os profissionais lidam constantemente com urgências que precisam de ser rapidamente resolvidas – o que se manifesta, por exemplo, na área de Cibersegurança, num momento de ataque.