“Durante muito tempo achei que determinadas situações que tinha, inclusive de análise de redes sociais, tinham a ver com o meu desempenho. Hoje tenho a plena consciência de que tem a ver com o facto de ser mulher, porque olhando para trás, olhando para outras situações, não há este tipo de avaliação que há com as mulheres e por muito que queira tornar este processo normal, ele não é normal. Acho que a avaliação, a exigência e quase o olhar e o foco são muito maiores do que se não fosse uma mulher”, diz Alexandrina Cruz à Forbes.
Essa crença inicial de que o género não teria peso neste processo fez-se sentir também nas expetativas com que chegou ao cargo de presidente. Até porque, garante, a competência não tem género. “Foi difícil quando assumi a presidência. É verdadeiramente diferente. Muitas vezes fiz de conta que não ouvi determinadas coisas, muitas vezes ignorei porque achei que não fazia sentido entrar por aí. Porque também temos de, de alguma forma, respeitar o que é o tempo, o que é a questão cultural, o que é a sociedade. É um caminho”, defende.
Da mesma forma ou de outras, estes desafios que foram aparecendo no percurso de Alexandrina Cruz no futebol coincidem com aquela que é a realidade de muitas outras mulheres no desporto. Independentemente da modalidade. Mas há uma coisa que as atletas e a presidente têm em comum: não há desafio que as impeça de conquistar seja o que for a que se propõem.
(Veja o artigo e a lista completos na edição de outubro/novembro da Forbes Portugal. Já nas bancas)





