As 4 tendências que estão a transformar a gestão de Recursos Humanos

Num contexto de mudança nas expectativas dos colaboradores — sobretudo das gerações mais jovens —, as organizações enfrentam o desafio de equilibrar flexibilidade, inovação e bem-estar. A Sesame, especialistas em gestão de Recursos Humanos (RH), aponta que a gestão de pessoas deixou de ser apenas uma função administrativa para se tornar um motor da inovação,…
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Bem-estar e envolvimento emocional dos colaboradores, trabalho híbrido e transformação digital vão marcar o mundo do trabalho neste ano, segundo os especialistas em Recursos Humanos da Sesame.
Negócios

Num contexto de mudança nas expectativas dos colaboradores — sobretudo das gerações mais jovens —, as organizações enfrentam o desafio de equilibrar flexibilidade, inovação e bem-estar.

A Sesame, especialistas em gestão de Recursos Humanos (RH), aponta que a gestão de pessoas deixou de ser apenas uma função administrativa para se tornar um motor da inovação, da produtividade e do crescimento sustentável das empresas, identificando quatro tendências que vão a moldar o futuro do trabalho em 2025 e o papel das organizações a nível global:

1 ) Tecnologia como aliada

A tecnologia está a reconfigurar os modelos de negócio, incluindo a gestão de pessoas. No contexto dos RH, ferramentas que simplificam processos e automatizam tarefas administrativas, muitas vezes aborrecidas e repetitivas, tornar-se-ão fundamentais para empresas que desejam criar valor estratégico, aponta a Sesame que cita o último relatório do World Economic Forum, segundo o qual mais de metade dos empregadores (60%) acreditam que a digitalização terá um impacto operacional significativo até 2030.

Entre as principais inovações, destaca-se a incorporação de Inteligência Artificial e People Analytics nas suas operações, que fornecem análises preditivas com base em dados reais, otimizando a tomada de decisões estratégicas. Funcionalidades como controlo de assiduidade, gestão de férias, recrutamento, avaliação de desempenho e gestão financeira estão a ser integradas para criar sistemas mais ágeis e precisos, o que aumenta a produtividade a curto e longo prazo. “Mais do que um suporte operacional, estas ferramentas continuarão a ser um elemento estratégico essencial para enfrentar os desafios de um mercado cada vez mais exigente”, assinala a Sesame.

2 ) Formação, competências e aprendizagem contínua

Com a integração acelerada da IA e outras tecnologias, estima-se que 44% das competências atualmente necessárias no mercado terão de ser atualizadas, indica a Sesame, que acrescenta que os líderes de RH terão de identificar lacunas de competências e implementar programas de formação eficazes, alinhados com as necessidades estratégicas da organização.

“Este esforço deve focar-se no aperfeiçoamento das capacidades já existentes (upskilling), mas também na aquisição de novas competências (reskilling). O desenvolvimento de soft skills, em particular, será uma prioridade, dado o seu papel crucial na criação de ambientes de trabalho produtivos e equilibrados. No entanto, o seu aprimoramento exige um esforço intencional e estratégico por parte das empresas, uma vez que, ao contrário das hard skills, as soft skills não são facilmente adquiridas através de formações técnicas”, declaram estes especialistas.

Para a Sesame, “é necessário investir em workshops e formações específicas, implementar programas de coaching e mentoria, fomentar uma cultura de feedback e dar avaliações contínuas. Estas práticas proporcionam uma visão ‘360º’ das competências interpessoais, permitindo identificar áreas de melhoria e potenciar o crescimento individual e coletivo”.

3 ) Flexibilidade laboral como prioridade estratégica

“Há muito que o bem-estar dos colaboradores deixou de ser uma preocupação secundária para se afirmar como uma prioridade estratégica nas empresas”, enfatiza a Sesame que recorda que para promover o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional dos seus trabalhadores, muitas empresas apostaram em modelos de trabalho remoto e híbrido. Segundo estes especialistas, esta é “uma tendência que continuará a marcar 2025”, até porque “estes modelos têm demonstrado aumentar o envolvimento, desempenho e retenção de talento”.

Além disso, prossegue a Sesame, “os escritórios estão a transformar-se em espaços projetados para fomentar a criatividade e o envolvimento das equipas, privilegiando a colaboração e as interações presenciais pontuais”.

No entendimento desta empresa de gestão de RH, “empresas que priorizem a flexibilidade, quer nos horários, quer no local de trabalho estarão mais bem posicionadas para criar uma cultura organizacional robusta. Paralelamente, espera-se que aumentem os investimentos em iniciativas que promovam o bem-estar emocional, como dias dedicados à saúde mental, terapia em horário laboral e formação para identificar sinais de alerta”.

Para a Sesame, “num mercado competitivo, a flexibilidade laboral deixou de ser apenas um benefício adicional; tornou-se um requisito indispensável”.

4 ) Envolvimento emocional dos colaboradores

O employee engagement, ou envolvimento emocional dos colaboradores com as suas empresas, tornou-se um elemento estratégico para o sucesso de qualquer organização, refere também a Sesame. Este conceito, indicam estes especialistas, “vai muito além da simples satisfação profissional: representa um vínculo emocional que motiva os colaboradores a darem o seu melhor e a contribuírem para o sucesso coletivo”.

Por fim, “os líderes desempenham um papel determinante neste processo, sendo responsáveis por criar uma cultura de pertença e propósito. Organizações que fomentarem o employee engagement não só se destacarão nos seus setores, mas também melhorarão a retenção de talento, transformando-se em locais onde as pessoas desejam estar, crescer e prosperar”, conclui a Sesame.

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