Nos primeiros meses de 2023, o número de mulheres mais poderosas do mundo diminuiu. Entre janeiro e abril, os líderes políticos Sanna Marin, Jacinda Ardern e Nicola Sturgeon perderam ou abandonaram os seus cargos de supervisão da Finlândia, Nova Zelândia e Escócia. Susan Wojcicki deixou o cargo de CEO do YouTube após nove anos no comando. O mesmo fez Martina Merz, presidente-executiva do conglomerado alemão Thyssenkrupp. Cada uma delas foi substituído por um homem.

“Nem sempre haverá um sucessor mulher só porque uma mulher ocupou o cargo”, disse Hillary Rodham Clinton à Forbes em março. “Ainda temos trabalho a fazer para [colocar] as mulheres em posição de assumir cargos de liderança.”

Quando se chegou ao verão, a história do poder feminino começou a aquecer. Em maio, Robyn Grew tornou-se a primeira mulher a liderar o Man Group, um fundo de cobertura com 161 mil milhões de dólares em ativos e cujo nome reflete a composição de género da sua indústria. A veterana do Exército dos EUA, Debra Crew, assumiu o comando da gigante do álcool Diageo em junho, tornando-se uma das poucas mulheres CEOs nas 100 maiores empresas da Bolsa de Valores de Londres.

E, claro, o triunvirato de Taylor Swift, Beyoncé e Barbie gerou biliões de dólares em gastos de consumo. A sua influência sobre os consumidores foi tão poderosa que o presidente da Reserva Federal norte-americana, Jerome Powell, abordou o assunto numa conferência de imprensa em julho.

Como resultado dessa influência, esse trio, incluindo a Barbie, figura na lista de 2023 das 100 mulheres mais poderosas do mundo. Swift faz sua melhor aparição na 5ª posição, enquanto Beyoncé saltou para a 36ª posição, acima da 80ª posição em 2022; Crew estreia na 79ª posição e Grew chega à 83ª posição. Barbie fica na 100ª posição, a posição atribuída todos os anos a uma figura que não é a imagem tradicional de poder, mas que, no entanto, definiu um ano.

Como sempre, a Power List de 2023 foi determinada por quatro métricas principais: dinheiro, media, impacto e esferas de influência. Para os líderes políticos, pesamos o produto interno bruto e as populações; para os chefes corporativos, as receitas, as avaliações e o número de funcionários eram críticos. As menções nos media e o alcance social foram analisados para todos. O resultado: 100 mulheres que moldam as políticas, os produtos e as lutas políticas que definem o nosso mundo.

Essas lutas incluem a autonomia reprodutiva das mulheres na América; o acesso das raparigas à educação no Afeganistão e os direitos pessoais no Irão; proteção contra a violência baseada no género em zonas de conflito como a Ucrânia e Gaza; e uma política climática exequível que proteja a saúde e o bem-estar das mulheres nas economias de baixos rendimentos e baseadas na agricultura.

“Ainda não estamos longe o suficiente em nenhum lugar do mundo”, disse a filantropa bilionária Melinda French Gates à Forbes. A sua receita para 2024 e além é, portanto, simples. “É quando as mulheres chegam suficientemente longe em lugares de poder em vários lugares do mundo que as coisas começam a mudar.”

com Forbes Internacional