O Factoring, que consiste num apoio financeiro, em que o banco disponibiliza às empresas um montante até ao valor da dívida do cliente (adiantando os pagamentos dos clientes às empresas), assinalou na economia nacional uma subida da produção de 27,1% face ao período homólogo de 2021 e de cerca de 20% acima do ano pré-pandémico, num total de 20,1 mil milhões de euros, revelam os dados semestrais da Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF).
Os segmentos do Factoring Doméstico e do Factoring Internacional demonstraram igualmente um forte crescimento dos créditos tomados, com subidas de 21,8% e 21,7%, respetivamente.
Confirming também aumentou
A modalidade de Confirming, em que a instituição financeira adianta o pagamento das faturas aos fornecedores, teve, igualmente, um crescimento relevante no primeiro semestre, em Portugal, disparando 34,9% para 8,8 mil milhões de euros.
Isto significa um crescente recurso dos clientes ao pagamento aos seus fornecedores por via de uma instituição financeira, com a possibilidade de antecipação do pagamento, melhorando fluxos de caixa tanto do cliente do banco (a Factor) quanto dos seus fornecedores.
“A resposta das associadas da ALF tem sido firme, assegurando uma produção de Confirming que, comparativamente a 2019, é 42,4% superior”, comenta a ALF.
“A guerra na Ucrânia, a persistente subida da inflação e os previsíveis riscos da rutura do fornecimento de gás à indústria e às famílias nas maiores economias europeias, não tiveram no primeiro semestre um efeito retardador da recuperação do financiamento especializado no seu todo”, refere Luís Augusto, presidente da ALF.
Na leitura deste responsável, “as associadas da ALF têm acompanhado a melhoria da economia nacional, reforçando o seu contributo para a boa gestão da tesouraria das empresas através do Factoring e para a formação do PIB português”.
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