A propósito das novas medidas impostas pelo Executivo, João Macedo reitera que os produtores vivem com dificuldades porque os grandes compradores dão primazia aos importados, mesmo havendo produção nacional suficiente e de qualidade aceitável.
Assim sendo, a barreira à entrada de produtos estrangeiros é a única forma de as empresas nacionais evoluírem e se tornarem competitivas. A obtenção de matérias-primas, mão-de-obra qualificada e acesso às vias de comunicação são, na sua visão, os maiores transtornos no desenvolvimento da produção nacional.
“As empresas só conseguirão melhorar as suas condições se ganharem dinheiro. Proteger a produção nacional é a única forma para as coisas evoluírem. Precisamos ganhar dinheiro para poder investir e sermos competitivos. O apoio do Estado é preponderante”, conclui.
Recorde-se que o Executivo impôs restrições à importação de 10 produtos de elevado consumo interno por considerar haver já capacidade interna de se produzir e atender a procura. De realçar que a importação não foi propriamente proibida, mas os importadores não mais o poderão fazer com recurso às divisas do Tesouro Nacional.
Doravante, os traders estão proibidos de solicitar divisas aos bancos comerciais para importar massango, massambala, alho, cebola, batata-doce, cenoura, feijão, jinguba, tomate e água engarrafada.