Apenas 27% das portuguesas considera que a sua empresa tem políticas de igualdade salarial

A poucos dias de comemorar o Dia Internacional da Mulher (8 de março), a Mastercard dá a conhecer as conclusões de um estudo acerca da relação das mulheres com as suas finanças. Segundo o estudo, apenas 27% das mulheres portuguesas acreditam que o seu local de trabalho tem políticas encorajadoras ao nível da igualdade salarial…
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Para 41% das mulheres e 25% dos homens fica muito claro que a disparidade salarial entre homens e mulheres é impeditiva da capacitação financeira, revela estudo da Mastercard.
Economia

A poucos dias de comemorar o Dia Internacional da Mulher (8 de março), a Mastercard dá a conhecer as conclusões de um estudo acerca da relação das mulheres com as suas finanças. Segundo o estudo, apenas 27% das mulheres portuguesas acreditam que o seu local de trabalho tem políticas encorajadoras ao nível da igualdade salarial ou políticas de pensões.

Em Portugal, 71% das mulheres procuram mais informação e orientação para as ajudar a gerir melhor as suas finanças e a maioria, 83%, dizem valorizar a transparência e honestidade quando se trata de discutir esta temática.

Mais de um terço (36%) sente que dedica menos tempo à gestão da sua vida financeira do que a tratar de outras tarefas, enquanto nos homens 33% partilham da mesma opinião.

A principal razão apontada (35%) é o facto de sentirem que não têm dinheiro suficiente para poupar ou investir em qualquer coisa, além do pagamento das despesas do dia a dia e 48% verifica o seu saldo bancário todos os dias.

Para 76% das mulheres portuguesas, significa controlo sobre o próprio dinheiro

A maioria das mulheres portuguesas (76%) concorda com a importância de se sentirem financeiramente capacitadas e terem o controlo total do seu dinheiro. Mais de metade (59%), considera que esse empoderamento financeiro aumentou substancialmente a sua autoconfiança, mas apesar disso ainda existe uma percentagem expressiva (33%) que descreve o momento atual do seu empoderamento financeiro como algo que não é mais do que o sentimento negativo ao verificar o seu saldo bancário.

Além disso, mais de metade (58%) demonstra preocupações quando se trata de falar abertamente acerca das suas finanças pessoais devido à exposição da sua privacidade e quase um terço (29%) das mulheres refere ter receio de julgamento se discutir as suas finanças. Por outro lado, 40% refere que em Portugal não se fala de finanças pessoais abertamente.

Para 41% das mulheres fica muito claro que a disparidade salarial entre homens e mulheres é impeditiva da capacitação financeira, opinião que é partilhada por apenas 25% dos homens.  

Maria Antónia Saldanha, Country Manager da Mastercard em Portugal, sublinha a propósito destas conclusões que “nos últimos anos, temos verificado avanços positivos em direção à paridade salarial das mulheres, mas ainda há muito para ser feito. Desde logo, porque apenas uma em cada quatro mulheres se sente apoiada financeiramente no local de trabalho. Temos, por isso, de aproveitar o Dia Internacional da Mulher para trazermos este tema para o centro das atenções porque há uma oportunidade clara para continuarmos os nossos esforços para elevar o empoderamento financeiro das mulheres e garantir que as desigualdades no local de trabalho estão a ser corrigidas”.

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