Os portugueses acreditam que a educação (cerca de 39% dos inquiridos) e a saúde (cerca de 225) são os principias fatores de desenvolvimento humano do país. Depois destes dois pilares basilares vem o trabalho. Cerca de 43% dos portugueses consideram que as empresas têm igualmente um papel a desempenhar no desenvolvimento da sociedade. As conclusões são do estudo “Desenvolvimento Humano, Fator Chave para o Sucesso de Portugal”, realizado pelo Cetelem, marca comercial do BNP Paribas Personal Finance.
O estudo foi realizado a empresas francesas, abarcando 33, e a cidadãos, conduzido este último pela empresa de estudo de mercado NielsenIQ.
O estudo revela ainda outras conclusões: 63% dos portugueses inquiridos também acreditam que os cidadãos são os principais promotores deste desenvolvimento. Seguem-se o Estado, com 57% das respostas e as Escolas, com 55%, que, no entender dos inquiridos, são chamados a desempenhar um papel de relevo neste domínio.
Trabalho como pilar importante no desenvolvimento humano
Dados do estudo mostram que 8% dos portugueses entendem que o trabalho é o terceiro pilar fundamental do desenvolvimento humano. Discutir o futuro do trabalho, em Portugal, passa por aceitar uma mudança cultural, desde as pequenas às grandes empresas, de acordo com o estudo.
As empresas consultadas no research corroboram esta opinião, já que também elas consideram que quanto maior for o desenvolvimento humano no seio da organização, maior será a sua competitividade, o que acabará por resultar no aumento da competitividade nacional. Em matéria de evolução tecnológica e de flexibilidade laboral, a questão cultural é vista como um entrave para que as empresas consigam acompanhar e valorizar as novas condições apreciadas pelos colaboradores.
Apenas um em cada 4 sente elevado grau de envolvimento
Apesar de acreditarem que as empresas têm um papel importante no desenvolvimento da sociedade, apenas 24% dos portugueses apontam para um elevado grau de envolvimento da sua empresa, o que se revela importante na retenção ou migração de talentos. São 55% aqueles que dizem ter um grau mediano e 16% falam num nível baixo ou inexistente.
Benefícios como ter acesso a um refeitório, respondido por 33% dos inquiridos, e dias de férias extra (cerca de 31% das respostas) são algumas dos elementos mais valorizados. Os seguros de saúde, com 20% das respostas, e a flexibilidade laboral, com 17% são benefícios que têm vindo cada vez mais a ganhar peso na decisão dos portugueses face ao emprego. Só 3% dos portugueses dizem valorizar os benefícios inerentes aos Plano Poupança Reforma (PPR).
A maioria dos inquiridos portugueses, cerca de 96%, identifica-se com os valores da empresa para a qual trabalha.
São 53% os inquiridos que afirmam não estar à procura de outro trabalho, e 49% falam bem da empresa para a qual trabalham. Cerca de 48% recomenda a empresa a familiares e amigos, e 47% sentem mesmo orgulho e vestem a camisola.
Relativamente à missão, objetivos e valores, a maioria dos inquiridos portugueses (96%) identifica-se com os valores da empresa para a qual trabalha, mas apenas 13% se dizem muito ou totalmente alinhados com esses valores.