O presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) disse esta semana que as empresas da distribuição turística vão continuar a crescer e a aumentar a sua influência na economia, espelhando o crescimento do setor do turismo. “A APAVT vai continuar a crescer e a aumentar a sua influência, espelhando com isso o crescimento do setor e o aumento da influência do setor na economia portuguesa”, disse Pedro Costa Ferreira.
O responsável falava no encerramento do 50.º Congresso Nacional da associação que representa a distribuição turística, agências de viagens e operadores turísticos, que decorreu em Macau. “No setor, sabemos bem o que queremos e para onde vamos”, sublinhou, acrescentando que “trabalho, inteligência e inovação construíram um setor que vive atualmente os melhores números económicos de sempre, um setor que demonstra pujança económica, capacidade de liderança e modernidade”.
Macau recebeu pela sexta vez o congresso da APAVT, que contou com mais de 1.000 profissionais de várias atividades ligadas ao turismo.
Segundo a APAVT, que cita um estudo da EY ao impacto económico da Distribuição Turística em Portugal – que a associação pagou à consultora para fazer, “já que não existem estatísticas disponíveis a não ser que se pague” – os efeitos diretos, indiretos e induzidos da Distribuição Turística representaram 7,7 mil milhões de euros em 2024, o equivalente a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
“Se pensarmos que, em 2022, o mesmo agregado económico representava 5,8 mil milhões de euros e, em 2019, 4,2 mil milhões, percebemos então o verdadeiro significado do crescimento fantástico da influência económica do nosso setor”, afirmou o responsável na terça-feira, aquando o início do congresso.
No encerramento da sessão, o responsável apelou a que os políticos saibam resolver os problemas de um país que “precisa de imigrantes, mas que atingiu nesta matéria o pior de dois mundos, não conseguindo nem controlar a sua entrada, nem acolhê-los como merecem, que precisa de crescimento económico, mas que não o quer discutir nem planear, que precisa de integrar os colaboradores nas estruturas empresariais, mas que os amarra a centrais sindicais que não representam ninguém e a uma lei laboral que os trai, sugerindo que os defende enquanto estimula o trabalho precário e a dificuldade de mudar de emprego e de vida”.
A associação considera ainda que Portugal “precisa de infraestruturas aeroportuárias e ferroviária, e se perdeu no labirinto das decisões, tentando apenas agora, acertar o passo”, que precisa “de voltar a pensar e se perdeu no populismo fácil, na grosseria vulgar e na indigência intelectual” e de “olhar para o futuro das novas gerações e que as carrega com os fardos dos atuais erros e omissões”.
Portugal “planeou um aeroporto para daqui a dez anos, e não consegue colocar polícias nas boxs do que ainda existe”, acrescentou, aludindo às declarações na quarta-feira do secretário de Estado das Infraestrututuras, Hugo Espírito Santo, e do presidente da ANA -Aeroportos de Portugal sobre o esforço que o país deve fazer para ter o novo aeroporto de Lisboa em 2035 e à admissão das dificuldades em ter mais polícias no controlo de fronteiras dos aeroportos.
Macau recebeu pela sexta vez o congresso da APAVT, que contou com mais de 1.000 profissionais de várias atividades ligadas ao turismo.
(Lusa)





