O Governo angolano anunciou que está a comercializar os diamantes produzidos no país a metade do preço praticado há dois anos, devido ao contexto internacional, com impacto negativo nas empresas, economia e projetos sociais.
“A nossa arrecadação de receitas está hoje pela metade e isso tem muito a ver com a situação internacional. Estamos a vender hoje (os diamantes) pela metade de preço do que vendíamos a dois anos”, disse hoje aos jornalistas o secretário de Estado dos Recursos Minerais angolano, Jânio Correia Vítor.
De acordo com governante, os preços praticados atualmente têm impacto negativo nas empresas produtoras do mineral, e também na economia do país e nos projetos sociais de desenvolvimento local, no âmbito da responsabilidade social.
Este ano foram produzidos 9 milhões de quilates
Jânio Correia Vítor deu conta, por outro lado, que pelo menos nove milhões de quilates de diamantes foram já produzidos neste ano e, sem avançar o volume de receitas, salientou que até dezembro as autoridades esperam ultrapassar a barreira dos 10 milhões, sobretudo com a entrada em produção da mina do Luele.
O responsável falava em conferência de imprensa de apresentação da II Conferência Internacional de Diamantes de Angola (AIDC, na sigla inglesa 2024) agendada para os dias 23 e 24 de outubro em Saurimo, província angolana de Lunda Sul.
“Angola: Investir Juntos para fazer a Diferença na Comunidade” é o lema da conferência, iniciativa do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola que deve juntar perto de 250 participantes de países de África, Ásia, América e Europa.
Investigação geológica mineira, exploração de diamantes em Angola, lapidação, inovação tecnológica e a logística na indústria e no setor semi-industrial são alguns dos temas agendados para esta edição do AIDC 2024.