Peritos em previsões económicas consultados pelo Banco Central Europeu (BCE) preveem uma inflação geral mais baixa este ano na zona euro, mas uma inflação subjacente (que exclui alimentos e energia) mais elevada devido à subida dos salários.
O BCE informou hoje que os peritos consultados antecipam uma inflação geral de 5,5% em 2023 (5,6% no inquérito anterior), de 2,7% em 2024 (2,6%) e de 2,2% em 2025 (igual). Na previsão a longo prazo, é antecipada uma inflação geral média de 2,1% em 2028 (igual à previsão anterior).
O BCE anunciou ontem que decidiu subir as taxas de juro em 25 pontos base, com a taxa de refinanciamento a passar para 4,25%, após nove subidas consecutivas, desde julho do ano passado.
Os analistas consultados pelo BCE esperam ainda uma inflação subjacente em 2023 de 5,1% (4,9%), de 3,1% em 2024 (2,8%) e em 2025 de 2,3% (igual).
Em 2028, a inflação subjacente deverá ficar em 2,1% (2%). Na quinta-feira, o BCE anunciou que decidiu subir as taxas de juro em 25 pontos base, com a taxa de refinanciamento a passar para 4,25%, após nove subidas consecutivas, desde julho do ano passado.
Apesar de reconhecer que a inflação abrandou, a instituição considera que ainda vai permanecer demasiado alta durante bastante tempo.
Os peritos inquiridos pelo BCE mantêm as previsões de crescimento para este ano e baixaram as de 2024 e 2025. As previsões apontam para um crescimento em 2023 de 0,6% (0,6%), em 2024 de 1,1% (1,2%), em 2025 de 1,5% (1,6%) e a longo prazo de 1,3% (1,4%). Também foi revista em baixa a previsão de desemprego para este ano e para o próximo.
Na zona euro, a taxa de desemprego deverá ficar em 6,6% em 2023 (6,8%), de 6,7% em 2024 (6,8%), de 6,7% em 2025 (6,6%) e de 6,5% em 2028 (6,5% também na previsão anterior). O BCE fez esta consulta entre 30 de junho e 05 de julho e recebeu 54 respostas de peritos de instituições financeiras e não financeiras da União Europeia (UE).
Lusa