Ana Figueiredo, 50 anos, é uma das mais conceituadas gestoras nacionais. Agarrou com unhas e dentes a liderança de uma empresa que, em 2022, atravessava uma fase crítica em termos reputacionais. A Altice Portugal – ex Portugal Telecom – dona da MEO, viu-se envolvida em polémica devido ao surgimento do nome do então CEO, Alexandre Fonseca, numa investigação judiciária. O responsável, apesar de não ter sido constituído arguido na chamada Operação Picoas, acabou por sair e assumir funções internacionais e abrir caminho para uma nova gestão.
Ana Figueiredo foi a primeira mulher a liderar a empresa herdeira do legado do gigante das telecomunicações nacionais, que foi vendida à multinacional de origem francesa, Altice, em 2025. Com ela na condução dos negócios, a empresa cresceu, ainda que ligeiramente, para um volume de negócios de 2,77 mil milhões de euros em 2024. A revista Forbes Portugal coloca-a assim na quinta posição da lista de 2025 das portuguesas Mais Poderosas nos Negócios.
Ana Figueiredo, a primeira mulher a liderar um grupo de telecomunicações em Portugal, está este ano na quinta posição da lista das portuguesas Mais Poderosas nos Negócios, com uma avaliação total de 86 pontos.
A executiva é licenciada em Gestão de Empresas e realizou um MBA na Universidade Católica, tendo iniciado a sua carreira pela área da auditoria na Galp, passando depois para a consultora EY. Entrou no Grupo Portugal Telecom, empresa na qual nesta empresa que consolidou a sua carreira, tendo transacionada para a nova companhia, em 2015, na qual consolidou a sua experiência a nível internacional. Esteve então na Altice Suíça, como responsável de auditoria de todo o grupo e foi ainda CEO da Altice Dominicana. Atualmente lidera em Portugal uma equipa composta por cerca de seis mil colaboradores.
Metodologia usada no ranking das 50 Mulheres Mais Poderosas nos Negócios
O ranking das mulheres portuguesas com mais poder nos negócios, dentro e fora de fronteiras, é elaborado com base numa avaliação de centenas de empresas das quais são retirados mais os nomes de CEO, diretoras-gerais, administradoras, acionistas e empreendedoras. A Forbes Portugal analisou mais de 150 nomes para poder pontuar e chegar assim a uma lista final. No caso de empate, foram atribuídos meios pontos, ou subindo ou descendo em comparação com as pares.
A Forbes Portugal analisou mais de 150 nomes para poder pontuar e chegar assim a uma lista final.
A avaliação é feita com base em cinco critérios, pontuados de zero a 20: Fortuna, pessoal ou familiar; Poder de Decisão – se é CEO, presidente do Conselho de Administração, administradora ou acionista -; Poder de Influência, ou seja a sua projeção fora da empresa, seja em programas de responsabilidade social e cívica em que se envolve, seja associações em que participa, artigos que escreve e participação ativa nas redes sociais (sobretudo Linkedin); Dimensão do negócio – se são grandes negócios internacionais, em que países estão presentes, qual a área geográfica de ação; e, por fim, pelo seu Empreendedorismo, se apenas fez carreira numa área, ou se envolveu na criação de empresas.