O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, felicitou hoje Amy Pope pela sua “vitória histórica” na disputa pela direção-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), e agradeceu ao antecessor, António Vitorino, pelo trabalho dos últimos anos.
“Parabéns a Amy E. Pope pela sua vitória histórica como a próxima diretora-geral da OIM. Agradecemos ao diretor-geral Vitorino pelo seu serviço e liderança da OIM nos últimos cinco anos”, disse Blinken em comunicado.
O secretário de Estado destacou o facto de Pope se tornar na “primeira mulher a liderar esta essencial organização na sua história de mais de 70 anos”, avaliando ainda que a sua vitória resultou de um “amplo apoio” à sua visão de reforma da organização.
“A eleição de Amy Pope reflete um amplo apoio por parte dos Estados-membros da sua visão de manter as pessoas no centro da missão da OIM, ao mesmo tempo em que implementa reformas importantes de governação e orçamento para garantir que a OIM esteja preparada para lidar com os desafios que enfrenta”, diz a nota.
Como o maior “doador bilateral da OIM”, os Estados Unidos “apoiam fortemente a visão de Pope e esperam trabalhar com a norte-americana para implementar as reformas críticas necessárias para criar uma OIM mais eficaz e inclusiva”, concluiu Blinken.
O português António Vitorino retirou hoje a recandidatura à liderança da Organização Internacional para as Migrações, após ter perdido a primeira votação para Amy Pope, revelou à Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros.
“Hoje, durante a primeira volta, o resultado apontou para um apoio maior para a candidata americana e senhor António Vitorino tomou a decisão de retirar a sua candidatura”, disse João Gomes Cravinho em declarações por telefone a partir de Genebra, onde se encontra a acompanhar a votação para a OIM.
“Pensamos que ele teria sido, de facto, o melhor candidato para os próximos cinco anos, mas respeitamos [a decisão], é a democracia a funcionar no sistema multilateral“, comentou o ministro, deixando elogios ao trabalho de António Vitorino no seu mandato, iniciado em 2018, em tempos “extremamente difíceis, com grandes crises internacionais, incluindo a pandemia [de covid-19]”.
Amy Pope tornou-se na aposta de Washington para liderar a OIM, com o Governo de Joe Biden a destacar, durante a campanha para estas eleições, o dinamismo da candidata para reformar o órgão das Nações Unidas.
Lusa