Amazon vai automatizar negócio até 2033. Despedimentos atingem já 30 mil postos de trabalho

Foi há cerca de uma semana que documentos internos da Amazon, divulgados na imprensa, revelam que os planos da companhia norte-americana co-fundada por Jeff Bezos, atual CEO, passam por substitui 600 mil funcionários por ferramentas de automação, robots e Inteligência Artificial até 2033. Sendo a Amazon a segunda maior empregadora dos Estados Unidos, o caso…
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A Amazon, a segunda maior empregadora dos Estados Unidos vai automatizar o seu negócio até 2033, o que pode implicar o desparecimento de 600 mil postos de trabalho. Para já, estão na calha 30 mil despedimentos.
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Foi há cerca de uma semana que documentos internos da Amazon, divulgados na imprensa, revelam que os planos da companhia norte-americana co-fundada por Jeff Bezos, atual CEO, passam por substitui 600 mil funcionários por ferramentas de automação, robots e Inteligência Artificial até 2033. Sendo a Amazon a segunda maior empregadora dos Estados Unidos, o caso torna-se mais relevante, no sentido de que é um forte indício do rumo futuro do trabalho. Jeff Bezos é atualmente o quarto homem mais rico do mundo com um património de 238,7 mil milhões de dólares (cerca 205 mil milhões de euros), segundo a lista atualizada ao dia da Forbes Internacional, e a Amazon ocupa a quinta posição na lista das maiores empresas do mundo com um valor de mercado de dois biliões de dólares (cerca de 1,72 biliões de euros).

Agora, a tecnológica anunciou que planeia despedir 30 mil funcionários, ou seja, cerca de 10% da sua força de trabalho no mercado norte-americano, para compensar o excesso de contratações durante a pandemia, conforme revelaram fontes próximas da empresa à agência noticiosa Reuters. Este plano de despedimentos na Amazon, que emprega cerca de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, pode representar um dos maiores cortes de emprego da história da companhia. Em 2022, a empresa também avançou com um plano de despedimento de 27 mil colaboradores.

Jeff Bezos é atualmente o quarto homem mais rico do mundo com um património de 238,7 mil milhões de dólares (cerca 205 mil milhões de euros), segundo a lista atualizada ao dia da Forbes Internacional. 

Por outro lado, segundo a Forbes Internacional, a Amazon também afirmou que pretende contratar o mesmo número de funcionários sazonais de sempre: cerca de 250 mil, a tempo inteiro e a tempo parcial, durante a época de compras do fim do ano. Este tem sido um ano relevante no que diz respeito aos planos empresariais de despedimento. Até final de julho, as empresas sediadas nos Estados Unidos já tinham ultrapassado o número total de despedimentos de 20024, e até setembro foi anunciada a destruição de quase um milhão de postos de trabalho, mais do que em qualquer ano desde o início da pandemia.

Andy Challenger, vice-presidente da empresa Challenger, Gray & Christmas à Forbes Internacional que as demissões podem ser atribuídas em grande parte à estagnação do mercado de trabalho, ao aumento dos custos e às “novas tecnologias transformadoras”, como a IA. As atualizações tecnológicas, incluindo a automação, são responsáveis por 20 mil cortes de postos de trabalho até agora. A administração pública demitiu mais funcionários do que qualquer outro setor, seguido pelas empresas de tecnologia, que cortaram mais de 100 mil empregos em 2025.

(Com Mary Whitfill Roeloffs/Forbes Internacional)

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