Adeptos desportivos querem experiências interativas com IA

O “Beyond the game: The new era of AI-powered sports engagement”, o novo estudo do Research Institute da Capgemini, revela como a IA e a IA generativa (GEN AI) estão a transformar a experiência dos adeptos de desportos em todo o mundo. De acordo com o inquérito, “64% dos adeptos querem que a IA forneça…
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“O verdadeiro poder da IA no desporto, especialmente da IA generativa, reside na sua capacidade de transformar a forma como os adeptos se ligam ao jogo, aos atletas e entre si”, explica Pascal Brier, Chief Innovation Officer da Capgemini e membro do Comité Executivo do Grupo.
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O “Beyond the game: The new era of AI-powered sports engagement”, o novo estudo do Research Institute da Capgemini, revela como a IA e a IA generativa (GEN AI) estão a transformar a experiência dos adeptos de desportos em todo o mundo.

De acordo com o inquérito, “64% dos adeptos querem que a IA forneça informações atualizadas que estejam adaptadas às suas preferências; a mesma percentagem de inquiridos revelou que gostaria de ter a possibilidade de competir virtualmente com jogadores famosos durante os jogos ao vivo, e 58% que gostariam de poder rever os jogos em cenários hipotéticos (“e se…”). E 27% dizem mesmo estar dispostos a pagar um valor extra por estas experiências interativas com tecnologias de IA. Por exemplo, graças à IA, os adeptos do Tour de France podem agora jogar e acompanhar a sua equipa de Fantasy em tempo real, votar no ciclista mais agressivo do dia, ou até viverem a corrida a partir de um carro oficial de adeptos”.

Adeptos querem informações atualizadas adaptadas às suas preferências. E querem que a IA lhes faça isso

“O verdadeiro poder da IA no desporto, especialmente da IA generativa, reside na sua capacidade de transformar a forma como os adeptos se ligam ao jogo, aos atletas e entre si”, explica Pascal Brier, Chief Innovation Officer da Capgemini e membro do Comité Executivo do Grupo, referindo que “à medida que a tecnologia evolui, desbloquear novas formas para os fãs criarem uma experiência única passará, cada vez mais, por combinar dados em tempo real com oportunidades imersivas e interativas. O desafio será garantir que estas inovações aprofundam a ligação emocional que torna o desporto tão poderoso para os adeptos mais fervorosos, preservando ao mesmo tempo a autenticidade e a integridade que definem o espírito do jogo.”

“Apesar de a inovação digital ser amplamente aceite, quase 60% dos adeptos temem que o excesso de tecnologia possa reduzir a emoção de assistir aos eventos ao vivo, e mais de metade receiam que isso possa diminuir o prazer geral do jogo. Isto evidencia a importância de encontrar o equilíbrio certo, aproveitando a tecnologia para melhorar a experiência dos adeptos, sem perder o que torna o desporto ao vivo tão cativante para milhares de pessoas em todo o mundo”, salienta a Capgemini.

A IA está a redefinir a forma como os adeptos interagem com o desporto.

Mais de metade (54%) utiliza agora ferramentas de IA ou de GEN AI como principal fonte de informação, com 59% a confiar nos conteúdos gerados por estas tecnologias. Desde resumos personalizados dos jogos até destaques em tempo real, os fãs esperam cada vez mais que a IA e a GEN AI agreguem todo o conteúdo desportivo: 67% dos inquiridos pelo estudo da Capgemini afirmaram que pretendem uma plataforma única e simplificada onde seja possível encontrar informações provenientes de websites, motores de busca e redes sociais.

Desinformação preocupa adeptos

Existem também preocupações quanto à desinformação, com dois terços dos adeptos a admitirem estar preocupados com a disseminação de conteúdos não verificados nas plataformas de IA ou de GEN AI, o que pode aumentar o risco de os atletas serem alvos de ataques por parte de adeptos descontentes. Além disso, 57% receiam que a criação de conteúdos falsos propague informações erradas sobre os jogadores ou as equipas.

O estudo mostra que a interação digital atinge o pico antes dos jogos e durante os intervalos, e não durante o jogo. Cerca de 70% dos inquiridos pelo estudo da Capgemini afirmaram que querem poder aceder a métricas sobre os jogadores e a dados em direto, usando estas informações para enriquecer a sua compreensão quando o jogo está parado. A lógica seguida é que, ao responderem a esta procura dos adeptos nos momentos certos, os dados melhoram a experiência de visualização sem comprometerem a emoção do desporto ao vivo.

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