O anúncio feito pelo presidente norte-americano Donald Trump de que a Apple irá investir US$ 100 mil milhões (85,7 mil milhões de euros) na expansão da produção nos EUA, levou a que os investidores tenham reagido positivamente, com as ações da companhia a subirem na casa dos 5%, a US$ 213,25 (182,79€).
Este anúncio de investimento soma-se ao compromisso de US$ 500 mil milhões (428 mil milhões de euros) anunciado no início deste ano por Tim Cook, CEO da Apple, que incluíam a duplicação do seu “Fundo de Fabrico Avançada” para US$ 10 mil milhões (8,5 mil milhões de euros), a construção de uma nova fábrica em solo americano (em Houston) e um centro de treinamento em Michigan, além da criação de 20.000 novos empregos.
Cook disse agora que, de acordo com os novos planos de produção, todos os iPhones e Apple Watches vendidos em todo o mundo terão vidro de cobertura fabricado em Kentucky.
Trump usou este investimento como bandeira do seu novo “Programa de Produção Americana” que visa trazer mais da cadeia de abastecimento da Apple para os EUA, com planos para fabricar componentes críticos no país.
O Republicano também disse que os EUA aplicarão tarifas de “aproximadamente 100%” sobre chips e semicondutores, acrescentando que, se as empresas estiverem a construir nos EUA, “não haverá cobrança” sobre os fornecedores de tecnologia.
Trump disse na quarta-feira que iria duplicar a taxa tarifária dos EUA sobre a Índia para 50% porque o país continua a comprar petróleo russo. Numa chamada na semana passada com analistas, Cook disse que a “grande maioria” dos iPhones vendidos nos EUA vem da Índia, observando que a Apple “obviamente tentaria otimizar a nossa cadeia de abastecimento” e “em última análise, faremos mais nos Estados Unidos”. Em maio, Trump escreveu no Truth Social que há “muito tempo” disse a Cook que esperava que os iPhones da Apple fossem fabricados nos EUA, “não na Índia ou em qualquer outro lugar”. Trump advertiu que a Apple pagaria uma tarifa de 25% a menos que a empresa transferisse a sua produção para o país.
“O anúncio de hoje com a Apple é mais uma vitória para a nossa indústria transformadora, que ajudará simultaneamente a repatriar a produção de componentes críticos para proteger a segurança económica e nacional dos Estados Unidos”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Taylor Rogers, numa declaração à Forbes.
com Ty Roush/Forbes Internacional