Quais as características que diferenciam a marca Serenity – The Art of Well Being?
A marca Serenity The Art of well being foi criada com o objetivo de proporcionar experiências de bem-estar personalizadas, aliadas a uma componente holística com fitness e nutrição. A marca diferencia-se não só nas experiências inovadoras e únicas que propõe, mas também pelos serviços personalizados de acordo com as necessidades dos clientes. Prestado por uma equipa de excelentes profissionais, altamente qualificados, motivados e apaixonados pela arte de bem-estar. Todos os espaços Serenity e cada tratamento de assinatura são pensados ao pormenor, promovendo o equilíbrio, o bem-estar, o profundo sentimento de conforto, homenageando a localidade onde se insere.
Nas unidades, no mercado português, onde Serenity está presente qual tem sido o desempenho da marca?
A marca Serenity celebra, este ano, oito anos de existência, liderado pela diretora da marca Serenity, Maria D’orey. A marca tem tido excelente aceitação em todas as localizações onde se encontra, devido à oferta e experiências únicas, inovadoras e personalizadas na arte do bem-estar. A marca Serenity tem sido reconhecida não só pelos seus clientes, mas também por diversos especialistas e meios no segmento bem-estar. A qualidade tem sido confirmada pelos inúmeros prémios que temos recebido, nomeadamente termos sido considerados o “Melhor Spa e Wellness da Europa”. Até à data, contamos com mais de 35 distinções, o que é gratificante e serve de confirmação da aceitação e reconhecimento no segmento de Spa e Wellness como um líder no mercado. Não há maior reconhecimento do que o dos nossos clientes e o facto de sermos uma referência a seguir.
A United Investments Portugal concretiza agora o plano de expansão do conceito Serenity, um objetivo que já tinha avançado à FORBES. Quais os mercados identificados no exterior para receber a marca?
Identificámos uma clara falta de oferta de espaços de Spa e Wellness Resorts, que proporcionem as experiências e personalização que oferecemos no Serenity. A expansão internacional acabou por ser impulsionada pelo reconhecimento e premiações que a marca tem vindo a ter nível nacional e internacional, o que gerou interesse e procura de vários mercados internacionais. Abrimos o Serenity Spa, the art of Well being no Fairmont The Palm, na Palmeira Jumeirah, hotel em Dubai, após um investimento de mais de três milhões de euros na criação de um espaço alinhado com a marca Serenity.
Quais as características do espaço no Dubai?
Com mais de 1,500 m2 de espaço, incluindo áreas termais, (feminino, masculino e misto), salas de tratamento especializadas, Spa Suites, Hammam e vários outros espaços, incluindo consultório médico. Acreditamos que este é o início da expansão internacional da marca. Temos vários projetos em estudo e pedidos de diversos parceiros e hotéis/resorts. Temos interesse em expandir a marca a nível nacional e internacional, mas salvaguardando sempre a qualidade e a exclusividade da marca. Importa-nos a qualidade e não a quantidade.
Nesta expansão houve necessidade de ajustar a Serenity para ter aceitação no exterior?
O conceito será sempre o mesmo, mas com adaptações locais. Antes de tudo, vamos conhecer o mercado, as necessidades dos clientes, as tendências… No caso do Dubai, teve de haver uma adaptação à cultura o que implicou, por exemplo, ter as saunas e os banhos turcos separados.
É possível antecipar qual o peso que esta aposta no exterior irá ter no desempenho financeiro da Serenity?
Obviamente que a expansão internacional vai ter um impacto na marca Serenity, não só no seu desempenho financeiro, mas principalmente no valor da marca, sendo a única marca portuguesa de Spa e Bem Estar com reconhecimento e de referência internacional.
Em termos de crescimento, quais os outros planos que estão previstos para a marca e para esta componente de well being?
Temos vários projetos e oportunidades em estudo, incluindo no Norte de Portugal, e outros locais internacionais, e serão anunciadas em breve. Também estamos a lançar os nossos produtos Retail com a marca Serenity, (incluindo: esfoliantes, produtos de corpo e velas) que estarão disponíveis nos diversos espaços do Serenity, bem como, na nossa plataforma online. O lançamento desta linha está previsto até ao verão de 2024. Com esta linha, os nossos clientes poderão estender a experiência que desfrutam nos nossos espaços para o conforto das suas casas.
Na componente hoteleira, qual a avaliação que se pode fazer de 2023 depois de anos, em que, o setor sofreu com as consequências da pandemia?
A pandemia foi um período desafiante e de grande instabilidade para o setor hoteleiro. Mesmo assim, e logo em 2022, a UIP abriu as portas ao primeiro Hyatt Regency em Portugal, ao primeiro Yotel em Portugal no Porto e a mais um Serenity no Hyatt em Lisboa, o maior no país. Felizmente, 2023 foi um bom ano para a indústria hoteleira, com níveis de ocupação superiores a 2019. Temos uma procura elevada nos mercados alemão, inglês e agora dos EUA, com a abertura de novas rotas diretas para Faro e Porto. A escolha de grandes marcas e empresas tecnológicas por Portugal e o contínuo aumento da procura imobiliária, também nos permitem olhar com otimismo para o futuro, acompanhando oportunidades de negócio que possam surgir.
E quais as perspetivas para o exercício de 2024?
Acreditamos que a crescimento na indústria hoteleira continuará o trajeto positivo, mas com percentuais de crescimento mais moderados. Este crescimento será concentrado mais na receita e não nas taxas de ocupação. Infelizmente com a exceção do Porto, Portugal continua com um desafio enorme e ainda sem solução à vista, como por exemplo: capacidade do aeroporto de Lisboa que já está nos máximos possíveis, e que que eu tenha conhecimento sem solução concretizada. E mesmo tendo uma solução de um novo aeroporto “seja onde for” não será de um dia para o outro que se constrói um novo aeroporto e as infraestruturas necessárias como transportes públicos e rodoviários. Na minha estimativa, mesmo tendo uma solução hoje, seremos sempre confrontados com pelo menos cinco a sete anos (no melhor dos cenários).
Há outros desafios…
No Algarve, não é tanto a falta de capacidade, porque capacidade existe, é mais uma falta de coragem dos municípios do Algarve lutar e obrigar a TAP, linha nacional, a tratar o Algarve com fazendo parte de Portugal e não abandonar o Algarve como o fez. O Algarve tem de ser visto como um Hub estratégico para o turismo, sendo o Sul do país a localização nacional com maior número de camas, como foi feito no Norte do país com resultados óbvios. Pelos vistos, outras linhas aéreas reconhecem o valor e potencial (como por exemplo a United Airlines com voos diretos de Nova York para Faro a partir de maio de 2024), menos a nossa linha aérea nacional.
Ainda assim, há planos de reforçar a presença da UIP através das várias marcas que opera em Portugal?
Além dos investimentos próprios, o grupo UIP criou uma subsidiária, a United Hospitality Management (UHM), destinada à gestão de propriedades de terceiros, com ou sem marca. Esta empresa é apenas uma formalização do que já vínhamos a fazer há muito tempo, porque em todas as nossas propriedades fazemos a gestão da parte hoteleira. Ou seja, vimos uma oportunidade de fazer para terceiros o que fazemos para as nossas propriedades. E isso porquê? Uma das mais valias que temos é a gestão dos imóveis na perspetiva do proprietário e não da marca. É isso que nos diferencia.
Nesta vertente como fazem esse apoio a terceiros?
Aconselhamos o proprietário em função da propriedade, a localização, a tipologia, e a melhor marca a selecionar para a distribuição. Isso é um ponto fundamental para o sucesso. Temos, na Europa e Médio Oriente, equipas dedicadas a essa expansão e, em Portugal, começaremos a operar já o primeiro hotel de outro proprietário – o Hotel Fonte Santa, em Monfortinho. Temos várias negociações em curso com hotéis no Dubai, com a expectativa de anunciarmos em breve a inclusão de várias novas propriedades ao portfólio da UHM. Em curso está também o desenvolvimento do projeto em Vila Nova de Gaia, na Quinta Marques Gomes, e aguardamos pacientemente por um novo olhar sobre o Vale do Freixo. Neste contexto, com a UHM surgirão também mais oportunidades para a marca Serenity poder estar presente, fora das propriedades UIP.