O ABANCA revelou os seus resultados financeiros, os quais, no terceiro trimestre de 2021, atingiram um lucro atribuível de 209,8 milhões de euros, sobretudo graças ao aumento das receitas recorrentes, ao controlo de gastos e à contenção do custo do risco.
O ABANCA continua a desenvolver a sua estratégia rumo à transição para uma economia mais sustentável e, neste terceiro trimestre, conseguiu marcos relevantes como a primeira “emissão verde”, que contou com uma procura de 2,6 vezes a oferta, a assinatura de um acordo para o fornecimento de energia renovável e a obtenção do prémio de educação financeira “Finanças para todos” do Banco de Espanha e CNMV Espanhola.
Crescimento das receitas recorrentes
Refere a instituição que, graças à boa evolução da margem financeira (que cresceu 7,6%) e das receitas por prestação de serviços bancários (que aumentaram 9,8%), a margem base subiu 8,2%.
“Graças à realização de projetos de racionalização e à obtenção de valor nas integrações, os custos ordinários desceram 6,8%. Com isso, a margem recorrente (margem base menos gastos de exploração) alcançou os 190 milhões, o que representa um crescimento de 56,2% face ao mesmo período do ano passado”, afirma a entidade bancária.
Volume de negócio
O volume de negócio aumentou 15,8% para os 103.697 milhões de euros. Contabilizando o negócio da rede espanhola do Novo Banco, este valor superou os 107.000 milhões de euros (um crescimento homólogo de 20,1%).
A carteira de crédito a clientes em situação normal aumentou 15,4%, em termos homólogos (10,9% excluindo o Bankoa, integrado no início de 2021) para os 44.429 milhões de euros. O financiamento a empresas e famílias, que somam 77% do total, é a componente maioritária.
No que toca aos recursos de clientes, o banco gere um total de 58.830 milhões de euros. Este valor representa um crescimento total de 17,0% (11,5% sem contabilizar o Bankoa). Os depósitos de clientes cresceram 14,8% (11,0% sem incluir o Bankoa), para os 46.861 milhões de euros.
Desde o início do ano, o banco diz ainda ter incorporado mais de 128.000 novos clientes valor, aumentado em 11,8% o total de cartões de crédito e débito e elevado em 14,6% o total de TPA´s.
Ativos duvidosos reduzidos
Face a setembro do ano passado, o ABANCA informa ter reduzido os seus ativos duvidosos em 17,1% (-21,1% excluindo o Bankoa).
Para um total de 3.403 milhões de euros em operações de financiamento com aval do Estado, apenas 0,9% está em situação de cobrança duvidosa. “De forma similar, uma vez vencidas cerca de 75% das operações de flexibilização financeira (moratórias) aplicadas a famílias (1.235 milhões), os níveis de morosidade deste grupo mantiveram-se em mínimos”, acrescenta.