Criada em 1964, a Direcção-Geral de Protecção Social aos Funcionários e Agentes da Administração Pública (ADSE) é hoje o maior sub-sistema de protecção na doença. Mas, apesar dos mais de 1,2 milhões de beneficiários, o número tem vindo a diminuir e o envelhecimento dos utentes a aumentar, o que coloca ao sistema desafios de sustentabilidade.
Em 2014, por imposição da troika, o sistema deixou de ser alimentado pelo Orçamento do Estado e passou a ser financiado na íntegra pelos descontos dos beneficiários. Hoje, cerca de 92% das receitas devem-se aos descontos realizados pelos utentes, mas o problema está longe de ser resolvido.
No dia 9 de Janeiro, o sub-sistema de saúde dos funcionários públicos ganhou um novo nome, mas também um novo rumo. Em entrevista à FORBES, Carlos Liberato Baptista explica o que muda com o agora Instituto de Protecção e Apoio na Doença, como gere os mais de 600 milhões de euros anuais que recebe dos beneficiários de forma a garantir a sustentabilidade do sistema no longo prazo, e faz uma revelação: o futuro pode passar pela criação de unidades próprias de prestação de serviços – e pode ser já este ano.