Quando Manuel Marçal começou a trabalhar aos 16 anos, pouco sabia sobre o seu futuro. Depois de uma primeira experiência numa indústria em Vila Nova de Famalicão, outra num centro de informática, foi construindo o seu futuro. Em 2006, decide fundar a Chanceplus: uma empresa intermediária de crédito, sediada em Gondifelos. Lança o projeto sozinho, e atualmente gere uma equipa, maioritariamente formada por mulheres, que financia futuros de norte a sul do país, atuando nas áreas de crédito ao consumo e hipotecário.
Um problema grave de saúde, em 2010, obriga o gestor a abrandar o ritmo de trabalho e, por conseguinte, a renovar a confiança na equipa que escolheu: os alicerces certos são fundamentais para o crescimento. Ainda assim, o sucesso voltou a bater à porta.
A Chanceplus, fundada em 2006, apresenta- e como uma das empresas de referência na área das soluções financeiras. Como vê a trajetória dos últimos 17 anos?
No dia em que esta edição chegar às bancas, estaremos a celebrar 18 anos. Comecei sozinho, e esse crescimento tornou-se exponencial logo quase de início. Fui contratando pessoas que ainda hoje trabalham connosco, como a D. Filomena, a Adriana, o João. Nestes 17 anos fomos acompanhando o mercado, e a nossa capacidade de adaptação foi fundamental para nos mantermos saudáveis a nível financeiro e estrutural, mesmo em períodos de crise. Apostamos na formação e em conceitos inovadores, que aliem a área financeira com a vertente social, nomeadamente através do patrocínio de projetos ligados ao desporto e à cultura. Como é óbvio, a empresa não funcionaria sem um lado financeiro estável, e o nosso crescimento traduz-se em prémios e reconhecimento público: estamos no top 5 de scoring das empresas em Portugal e pelo terceiro ano consecutivo ganhámos o top 10 das empresas do sector, na área de intermediação de crédito.
De que forma se adaptam às exigências deste mercado, para financiarem mais futuros?
É um mercado muito exigente e que está sempre emmutação. É necessário estar em constante formação e inovar na prestação dos nossos serviços. Felizmente, o Banco de Portugal veio regular o nosso sector. Sempre tivemos uma equipa descentralizada a acompanhar os nossos clientes, apostamos na formação contínua dos nossos colaboradores e comunicamos com os stakeholders. Recentemente fiz uma licenciatura em Gestão de Marketing.
Durante os três anos em que esteve doente e em processo de recuperação, a Chanceplus nunca deixou de funcionar. Foi importante confiar na equipa que escolheu?
Tive um linfoma linfoblástico, estádio IV, daquelas coisas muito complicadas em que o primeiro caso de cura tinha sido há muito pouco tempo. Agradeço a todos do IPO do Porto que cuidaram de mim, especialmente à minha médica, dra. Ilídia Moreira, e a todos os que oraram por mim. Na vida é tudo muito breve, e por isso acho que devemos ter uma atitude bastante séria. Fui aprendendo que era fundamental delegar, e tive pessoas ao meu lado que, felizmente, com a sua competência e seriedade, conseguiram manter a estrutura da empresa enquanto estive doente. O mais importante é que nos mantivemos no mercado e abriram-se portas para mais tarde continuarmos a crescer.
Foram destacados, em 2023, como uma das 20 empresas mais felizes de Portugal. Criar condições para que os colaboradores prosperem é uma prioridade?
É a primeira prioridade. Os nossos colaboradores são parte fundamental para que o serviço seja de excelência. Reconhecemos o valor individual de cada um e preocupamo-nos com o seu bem-estar. Realizamos com frequência momentos lúdicos, não só para celebrar datas festivas, mas para comemorar os prémios que vamos recebendo. No fim de cada ano, distribuímos os lucros pelos trabalhadores.
Como é que aplicam a prática de empathetic marketing na empresa ao serviço dos clientes?
Na nossa área de trabalho é bastante importante estabelecer uma relação de confiança e proximidade com os nossos clientes: daí os convívios e festas que promovemos. Fomos a primeira empresa portuguesa a ser convidada pela Kotler Impact, para levar um case de sucesso sobre nossas ações de empatia. Fomos também reconhecidos como uma “Brilliant Portuguese Company” pela Kotler. Fazemos um trabalho de proximidade muito personalizado, que tem sido a nossa mais-valia.
Numa era em que se conhece a importância da literacia financeira, como pode uma empresa como a Chanceplus contribuir para esta divulgação junto dos seus clientes?
Agora fala-se mais, mas há alguns anos que temos esse cuidado. Procuramos sempre prestar um serviço aos nossos clientes para que, em todas as etapas do processo, tomem decisões bem informadas. Atualmente, cerca de 80% das nossas publicações digitais são sobre finanças.
Neste ano alcançámos, num estudo de mercado sobre experiência de compra, um total de 4.9 pontos (0-5). Orgulhamo-nos de celebrar 18 anos com zero reclamações.
O que tem sido feito nesta área em prol da literacia financeira?
O Banco de Portugal tem feito um trabalho fantástico nessa área: disponibiliza muita informação sobre o tema e lançou um projeto muito interessante, o “Todos Contam”.
Ainda assim, penso que deveria ser um assunto mais explorado na nossa sociedade. As empresas financeiras, poderiam disponibilizar mais informação nos sites e tentar passar mais e melhor informação para as pessoas. A literacia financeira deveria começar na escola.
Este processo deveria começar nas escolas e bem cedo, para que os mais novos sejam formados tendoem consideração conceitos básicos de literacia financeira. Concorda com esta afirmação?
Concordo totalmente, “de pequenino é que se torce o pepino”. Tal como aprendem a ler e a escrever, era muito importante as crianças começarem a saber o valor do dinheiro, aprenderem a poupar e a investir.
Para perceberem o quanto custam as coisas, [a relação] custo – oportunidade – porque, para se ter uma coisa, não se pode ter a outra, ou seja, não se pode querer tudo–, crescem mais capazes, e isso acaba por ficar. Em 2022, agradecemos e premiámos a escola de Gondifelos EB123 quando os alunos ganharam as olimpíadas financeiras.
Existem vários mitos associados ao financiamento a crédito. Pode confiar-se mais neste tipo de solução?
Como tudo na vida, colocam-nos ferramentas [à disposição] para utilizarmos bem, se as utilizarmos mal, é complicado. A ideia do crédito é ajudar as pessoas nos momentos em que precisam de financiamento. Nem sempre o crédito é o mau da fita. A intermediação de crédito existe para apoiar o consumidor a tomar decisões bem informadas.
Em abril, celebram 18 anos. O que podemos esperar da Chanceplus num futuro próximo?
Queremos continuar um percurso de evolução. Vamos aumentar as instalações e queremos ter mais responsabilidade social e ambiental. Vamos implementar um projeto CO2 free e ter uma empresa livre de carbono, com emissões zero, assim passaremos a abrir caminhos para um amanhã mais verde e próspero para todos.
Este conteúdo patrocinado foi produzido com a colaboração da Chanceplus.