Num momento em que já se testam carros autónomos sem volante, em que a perspectiva de posse de carro das novas gerações se transfere para a partilha e a mobilidade se quer cada vez mais ecológica, o país assiste ao diferendo entre o tradicional táxi e a disruptiva Uber. A esta plataforma já se juntou a Cabify, com um modelo de negócio em tudo semelhante. Nesta permeabilidade à cópia está um dos perigos para a sustentabilidade do maior “unicórnio” do mundo, um gigante cuja avaliação já supera todo o PSI 20 português.
Nesta edição, mostramos como este negócio com cerca de 40 milhões de clientes activos em todo o mundo ainda está afastado dos lucros. Do lado de quem faz as “corridas” pela Uber, um estudo de um académico norte-americano antecipa dificuldades. Mas também há quem veja a oportunidade que ainda não está explorada na totalidade e, como Rui Bento, director-geral da operação em Portugal, defenda que o credo da Uber é, somente, “o compromisso de melhorar a mobilidade nas cidades”.