Em Setembro, a Portugal Ventures (PV) deu um pequeno passo na longa caminhada que a espera nos próximos anos. O “braço” público do capital de risco em Portugal fechou o FIEP, um fundo de private equity criado em 2004 com uma dotação de 60 milhões de euros para financiar a internacionalização das empresas portuguesas. “Pela primeira vez na história da PV, conseguimos fechar um fundo”, diz Rita Marques,presidente do conselho de administração da PV desde Abril, à FORBES.
Entre 2012 e 2016, a PV foi responsável por cerca de um terço do investimento nacional em venture capital. Mas, para o co-fundador da Indico Capital Partners, Stephan Morais, todos os Estados que decidiram ser actores no venture capital falharam sistematicamente. “Fazer venture capital é mais ciência do que arte. É como fazer operações ao cérebro: não basta achar piada para começar a fazer”, explica. Mas, no campo do investimento, o avanço no passado recente do ecossistema é notório. De acordo com a CMVM, em 2016, o volume de investimento realizado pelas sociedades de capital de risco em venture capital ascendia a 697 milhões de euros. Embora este valor represente uma diminuição face ao ano anterior, é o triplo do investimento realizado em 2009.
Há cada vez mais investidores capacitados para ajudar a transformar ideias em negócios globais, tanto privados como públicos. Mas há ainda muito por fazer. A edição de Dezembro da FORBES apresenta-lhe os midas do ecossistema nacional de start-ups e os desafios que terão de enfrentar nas suas apostas em start-ups nacionais.