Metade das farmacêuticas diz que só haverá aumentos salariais consoante a inflação

A forma como irá evoluir a inflação será o fator decisivo para se avançar com aumentos salarias no setor das ciências da vida, ciências médicas e farmacêuticas. De acordo com o estudo divulgado pela Mercer Portugal “Total Compensation: Life Sciences”, 51% das empresas inquiridas afirmam que a inflação é um fator decisivo para os aumentos…
ebenhack/AP
O setor de ciências da vida, ciências médicas e farmacêuticas prevê avançar com aumentos salariais de 3,6%. Mas as empresas dizem que a inflação será um fator decisivo para os aumentos salariais.
Negócios

A forma como irá evoluir a inflação será o fator decisivo para se avançar com aumentos salarias no setor das ciências da vida, ciências médicas e farmacêuticas. De acordo com o estudo divulgado pela Mercer Portugal “Total Compensation: Life Sciences”, 51% das empresas inquiridas afirmam que a inflação é um fator decisivo para os aumentos salariais.

O mesmo estudo conclui que a previsão de aumentos salariais para 2024 situa-se nos 3,6%, com cerca de 20% das empresas a confirmarem a intenção de aumentar o número de colaboradores ainda em 2023. Numa análise à competitividade salarial do setor, o estudo concluiu que a remuneração média está 19% acima do mercado geral.

O estudo “Total Compensation: Life Sciences” teve em conta mais de 300 funções, desde as mais transversais a outras mais específicas do setor, e contou com a participação de 75 entidades presentes no mercado português.

As empresas inquiridas assumem também que vão atribuir bónus anual, sendo que, 84,8% indicam ter definida uma política de incentivos às vendas, mas apenas 17,8% optam pela distribuição de lucros da organização. Os incentivos a longo prazo são atribuídos pela maioria (63,2%) das empresas.

A Mercer salienta que o seguro de saúde continua a ser um dos principais benefícios atribuídos, estando previsto no plano de 95,5% das organizações. Depois destes benefícios, seguem-se o seguro de vida e o seguro de acidentes pessoais, que são oferecidos por 88,1% e 39,5% das empresas, respetivamente.

A atribuição de carro de serviço (91,1%) e de subsídio de alimentação (82,5%) são também dos benefícios oferecido com mais frequência pelas empresas do setor, seguindo-se a atribuição de um telemóvel de serviço e Internet (79,1%), bónus de referência em novos recrutamentos (61,5%), prémios de antiguidade ou pagamentos aquando do término do contrato (61,4%), cobertura de despesas associadas à formação e educação dos colaboradores (61%), seguro de viagem (59%), dias de férias adicionais ao legalmente previsto (59,5%), bem como descontos em produtos da empresa (52,5%).

Mais Artigos