“Falta vontade política para fazer reformas”

Nunca fez parte de cliques partidárias nem nunca foi seduzido pelo canto de sereia do poder. Ficou conhecido pela fugaz passagem pelo primeiro governo liderado por José Sócrates: foi a primeira escolha para Ministro das Finanças. Sai meses depois em desacordo com a estratégia do primeiro-ministro e é substituído por Teixeira dos Santos. Luís Campos…
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Luís Campos e Cunha crê que Portugal, superado o trauma do resgate de 2011, pode lidar melhor com os desafios do futuro.
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Nunca fez parte de cliques partidárias nem nunca foi seduzido pelo canto de sereia do poder. Ficou conhecido pela fugaz passagem pelo primeiro governo liderado por José Sócrates: foi a primeira escolha para Ministro das Finanças. Sai meses depois em desacordo com a estratégia do primeiro-ministro e é substituído por Teixeira dos Santos. Luís Campos e Cunha, economista independente, dedica-se principalmente a dar aulas na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa e a promover uma das suas grandes paixões, as artes plásticas. Vai analisando o desempenho económico do seu país, sempre atento a oportunidades e desequilíbrios.

Segundo Campos e Cunha, o turismo veio para ficar e vai continuar a ajudar a nossa economia. A quebra no investimento público em infraestruturas não é problemática, graças à boa herança das últimas décadas – excepto na ferrovia. A redução da dívida é um imperativo nacional e deve ser feita rapidamente e em força. É necessário ainda reformar sectores, haja vontade política. E classifica o debate em torno de uma eventual reestruturação da dívida pública como “criminoso”. Uma entrevista sobre os desafios presentes e futuros do país a ler na edição de Maio.

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