Blusão espacial de Buzz Aldrin supera expectativas e é vendido por 2,7M€

O blusão da missão Apollo 11 usado por Buzz Aldrin, o segundo homem a pisar na Lua e o único membro da tripulação sobrevivente da histórica missão de 1969, superou as expectativas ao ser vendido por US$ 2,77 milhões (2,73M€). O casaco, que apresenta emblemas com o nome de Aldrin ("E. Aldrin", de Edwin Aldrin,…
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Poucos dias após a celebração do 53º aniversário do voo espacial Apolo 11, que levou o homem à lua, o blusão de Buzz Aldrin atingiu um valor recorde de 2,7 milhões de euros.
Forbes Life

O blusão da missão Apollo 11 usado por Buzz Aldrin, o segundo homem a pisar na Lua e o único membro da tripulação sobrevivente da histórica missão de 1969, superou as expectativas ao ser vendido por US$ 2,77 milhões (2,73M€).

O casaco, que apresenta emblemas com o nome de Aldrin (“E. Aldrin”, de Edwin Aldrin, nome do astronauta) e o logotipo da Apollo 11, passa a ser, simultaneamente, o artefacto espacial americano mais valioso e o blusão mais caro vendido em leilão, de acordo com a Sotheby’s.

A casa de leilões estimou anteriormente que este casaco seria vendido entre US$ 1 milhão (986 mil euros) e US$ 2 milhões (1,9M€).

Buzz Aldrin vestindo o seu blusão no módulo de comando Columbia durante a missão Apollo 11. NASA

Esta foi a única vez que uma roupa usada durante a primeira missão de pouso na lua esteve disponível para ser adquirido por privados, adianta a Sotheby’s, já que a instituição Smithsonian é dona dos blusões usados pelos companheiros de tripulação de Aldrin, Neil Armstrong (1930-2021) e Michael Collins (1930-2021).

Até aqui, o recorde do artefacto espacial americano mais valioso vendido em leilão pertencia a um saco de poeira lunar da Apollo 11 que tinha sido vendido por US$ 1,8 milhões (1,7M€) em 2017.

Por seu lado, o blusão mais caro vendido em leilão até agora tinha sido o casaco de couro vermelho que Michael Jackson usou no videoclipe de Thriller, que arrecadou US$ 1,8 milhões (1,7M€) em 2011, segundo o Guinness World Records.

O blusão Apollo 11 de Aldrin é o mais recente de uma série de artefactos espaciais a arrecadar somas de sete dígitos em leilão nos últimos anos. Especialistas em casas de leilões dizem que o interesse em memorabilia de exploração espacial está a aumentar, graças em parte à corrida espacial bilionária, à medida que os mega-bilionários Elon Musk, Jeff Bezos e Richard Branson se voltam para empreendimentos espaciais privados.

A poeira lunar recolhida durante a missão Apollo 11 foi vendida por mais de US$ 500.000 (493 mil euros) em leilão em abril, depois da NASA perder uma batalha judicial para manter o artefacto fora do mercado privado.

“Este pareceu-me o momento certo para partilhar estes itens com o mundo”, diz Aldrin.

“Depois de uma profunda consideração, este pareceu-me o momento certo para partilhar estes itens com o mundo que, para muitos, são símbolos de um momento histórico, mas que, para mim, sempre foram memórias de momentos pessoais de uma vida dedicada à ciência e à exploração”, referiu Aldrin.

A 16 de julho de 1969, Neil Armstrong, Mike Collins e Buzz Aldrin saíram do centro espacial John F. Kennedy, pousando a 20 de julho de 1969 com o módulo Eagle na lua, onde permaneceram 21 horas, 36 minutos.

Este blusão tem estado na posse de Buzz Aldrin desde que o astronauta regressou à Terra em 24 de julho de 1969.

Outros itens vendidos

A peça de vestuário integrou uma coleção pessoal de artigos que o astronauta, agora com 92 anos de idade, decidiu colocar à venda.

No mesmo leilão, foi também vendido o livro com os planos de voo para a primeira viagem à lua – comprado por 819 mil dólares – cinco vezes mais do que o preço estimado.

Plano de voo da Apollo 11 de Buzz Aldrin.

US$ 2,9 milhões (2,8M€). Foi quanto o licitante vencedor pagou por uma cápsula espacial da era soviética em 2011, que continua a ser a peça de memorabilia espacial mais cara vendida. Esta cápsula foi uma antecessora não tripulada do Vostok I, que em 1961 levou o cosmonauta Yuri Gagarin ao espaço.

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