Quais as cidades do mundo mais valiosas?

O Global City Lab é uma agência especializada em pesquisa urbana, consultoria e avaliação sedeada em Nova Iorque. Na sua mais recente análise, o Global City Lab concluiu que, de um modo geral, a pandemia COVID-19 provocou uma redução do valor de marca das maiores cidades do mundo, tendo elaborado um ranking das cidades mais valiosas da atualidade.

Assim, o relatório revela que Nova Iorque é a cidade mais valiosa do globo, com um valor de marca de US $ 2,04 triliões (1,8 biliões de euros). Londres ultrapassou Tóquio e reivindicou o segundo lugar com um valor de marca de US $ 1,90 trilião (1,6 biliões de euros).

O valor de Tóquio caiu 5,37%, passando para o terceiro lugar, com um valor de US $ 1,78 trilião (1,5 biliões de euros).
Paris, Singapura e Sidney também têm valores de marca que ultrapassam US $ 1 trilião (878 biliões de euros).

Los Angeles (7º), Toronto (8º), Xangai (9º) e Hong Kong (10º) completam o “Top 10”.

O relatório descobriu que o blockchain e a criptografia estão a influenciar o futuro da cidade.

“A marca de uma cidade representa a sua força abrangente. Afeta o potencial de desenvolvimento de uma cidade porque influencia o fluxo de capital, informações, bens e talentos. Portanto, avaliar o valor de marca de uma cidade fornecerá uma compreensão mais clara de uma cidade”, afirma o Global City Lab.

Esta organização calcula os valores de marca recorrendo a seis métricas: crescimento económico, cultura, governança, meio ambiente, talento e reputação.

De acordo com esta análise, seis cidades têm valores de marca de mais de US $ 1 trilião (878 biliões de euros), contra cinco cidades em 2020.

Há 18 cidades com valores de marca entre US $ 500 biliões (439 mil milhões de euros) e US $ 1 trilião (878 biliões de euros). Mais de 60% das cidades avaliadas têm valores de marca inferiores a US $ 100 biliões (87 mil milhões de euros).

Indica o Global City Lab, o valor médio de marca das 500 maiores cidades em 2021 é de US $ 141,94 biliões (124,6 mil milhões de euros), um aumento de 0,5% em relação à média de 2020 de US $ 141,22 biliões (124 mil milhões de euros).

As 500 cidades do ranking estão distribuídas por seis continentes, embora Europa, Ásia e América do Norte dominem, representando mais de 80%.

A Europa lidera a lista de regiões, adicionando duas cidades e alcançando um total de 179. Ásia e América do Norte perderam uma e três cidades, respetivamente, caindo para 154 cidades (Ásia) e 90 cidades (América do Norte). Cada uma das três regiões restantes possui um número semelhante de cidades na lista.

“As principais regiões do mundo estão em processo de recuperação económica na era pós-pandemia. As taxas de recuperação são díspares devido a diversas políticas governamentais, de prevenção de pandemia e modelos de desenvolvimento económico”, evidenciam estes consultores.

O valor médio de marca das cidades europeias e norte-americanas caiu 1,06% e 1,08%, respetivamente, “uma desaceleração significativa em relação a 2020”, refere o Global City Lab.

“Graças ao controlo efetivo da pandemia, a Ásia ficou mais estável; o valor médio de marca diminuiu apenas 0,85%”, acrescenta estes analistas.

As 500 principais cidades estão distribuídas por 125 países. Os Estados Unidos estão em primeiro lugar com 63 cidades e a China em segundo com 40. Japão, Reino Unido, Alemanha e Índia estão entre o terceiro e sexto lugar. Cinco dos dez principais países estão na Europa.

Marca de cidade incorpora tecnologia digital

Referem estes analistas que o número de cidades a experimentar já criptomoedas, DAO e NFT está a aumentar. Haisen Ding, fundador do Global City Lab, acredita que, de loterias a imóveis e cédulas, é cada vez mais possível governar e promover cidades com a tecnologia blockchain.

Cidades como São Francisco, Vancouver e Amesterdão têm caixas eletrónicos com criptomoedas; e muitos comerciantes aceitam já pagamentos em criptomoedas. Enquanto isso, cidades como Austin, Miami e Nova Iorque lançaram, ou planeiam lançar, criptomoedas.