As empresas de serviços técnicos para eventos alertam que em dezembro já contabilizaram perdas de 30 milhões de euros devido ao cancelamento de Festas de Natal e de Passagem de Ano, entre outros que ficaram condicionados pelas atuais restrições para evitar a propagação da pandemia.
As contas são da Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE), que realça ainda que, de acordo com informação dos associados, já se antecipam quebras de 90% nos trabalhos previstos para os dois primeiros meses de 2022.
Em comunicado, a APSTE reivindica medidas como a reavaliação do programa APOIAR, cujos fundos considera insuficientes, ou a extensão das moratórias, para colmatar as dificuldades financeiras enfrentadas pelas mais de 200 empresas do setor de serviços técnicos de eventos, que garantem cerca de 1500 postos de trabalho diretos e três mil indiretos.
Citado no comunicado, o presidente da APSTE, Pedro Magalhães, sublinha que “muitas empresas contavam com este período para recuperarem alguma da sua liquidez e salvar as suas equipas, mas tal não aconteceu, com enormes prejuízos financeiros e humanos”. E defende que “as atuais medidas protegem os decisores políticos, porque não existem limitações diretas ao setor além da obrigatoriedade de teste em todos os eventos, o que já de si é condicionante”. Pedro Magalhães alerta que “a verdade é que os eventos não estão a acontecer, numa fase essencial para as nossas empresas, o que indiretamente quebra o nosso sustento”.
A APSTE sublinha ainda que, depois de dois anos com grandes constrangimentos, o setor continua a lutar pela sobrevivência, com quebras gerais a rondar os 80% desde março de 2020.