Nove em cada dez portugueses consideram que o país deveria investir mais em energias renováveis. Esta é uma das principais conclusões de um estudo sobre “Notoriedade e Imagem das Energias Renováveis” realizado pela Marktest para a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), ao longo do mês de setembro, que envolveu mais de mil entrevistas, realizadas por todo o país, em regiões urbanas e rurais.
Cerca de 60% dos inquiridos são da opinião de que Portugal está a fazer pouco para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e só 30% acredita que o país está a mobilizar esforços suficientes rumo à descarbonização em 2050.
“A população portuguesa acredita nas renováveis e defende um maior investimento nas energias verdes de forma a impulsionar a descarbonização”, refere Pedro Amaral Jorge, Presidente da Direção da APREN.
Os portugueses entrevistados revelam ainda ter um conhecimento aprofundado do que consta da sua fatura da eletricidade, com mais de 80% a garantir conhecer parcial ou totalmente as rubricas que compõem a conta da eletricidade.
Fatura da eletricidade cara
Quanto ao preço da eletricidade, as respostas são claras: 91% dos inquiridos considera que a fatura é cara. Mais de 80% acredita mesmo que o preço da eletricidade em Portugal é mais elevado do que a média europeia.
Em consonância, 88% considera que se deverá fazer uma aposta em fontes de energia renovável em detrimento de combustíveis fósseis, e mais de 52% refere que o uso de energias renováveis reduz o preço de venda da eletricidade.
“Os principais resultados deste estudo demostram que a população portuguesa acredita nas renováveis e defende um maior investimento nas energias verdes de forma a impulsionar a descarbonização. A APREN continuará a trabalhar no sentido de factualmente explicar e mostrar as vantagens da eletricidade produzida a partir de fontes renováveis a toda a linha, nomeadamente o seu impacto muito positivo no controlo dos preços da eletricidade”, sublinha o Presidente da Direção da APREN, Pedro Amaral Jorge.
Este estudo surge como uma espécie de antevisão para a conferência anual da APREN, a “Portugal Renewable Energy Summit”, que decorre nos próximos dias 9 e 10 de novembro.