FoodTech Katoo capta €6,1M para entrar no mercado português

A startup espanhola Katoo, foodtech que pretende simplificar a relação entre fornecedores e restaurantes, digitalizando os canais de fornecimento de comida à restauração, levantou uma ronda de investimento de 6,1 milhões de euros (7,2 milhões de dólares). O financiamento, liderado pelo espanhol K Fund, conta com a participação do fundo português Shilling Founders Fund, e…
ebenhack/AP
Nova ronda de investimento de 6,1 milhões de euros permite a entrada no mercado português da startup Katoo, o desenvolvimento do produto e a aposta no mercado latinoamericano nos próximos meses.
Negócios

A startup espanhola Katoo, foodtech que pretende simplificar a relação entre fornecedores e restaurantes, digitalizando os canais de fornecimento de comida à restauração, levantou uma ronda de investimento de 6,1 milhões de euros (7,2 milhões de dólares).

O financiamento, liderado pelo espanhol K Fund, conta com a participação do fundo português Shilling Founders Fund, e ainda com a participação dos norte-americanos da Expa (Garrett Camp, cofundador do fundo da Uber), FJ Labs e Soma Capital.

Estreia em Portugal

A ronda permite à Katoo continuar a sua expansão internacional, da qual faz parte a América Latina e a estreia no mercado português, depois dos lançamentos em Espanha e em Itália.

O financiamento vai ser usado ainda no desenvolvimento do produto e na preparação do lançamento da solução tecnológica na América Latina, que deverá acontecer nos próximos meses.

Este novo financiamento surge apenas nove meses depois da primeira ronda, no valor de cerca de três milhões de euros (3,5 milhões de dólares) e liderada pela GFC e pela Otium Capital.

Esta foi a segunda ronda de investimento – no valor de 6,1 milhões de euros de investimento – no espaço de nove meses. Na primeira, a Katoo tinha captado três milhões de euros.

Os anteriores investidores, a GFC e a Otium Capital, reinvestiram na empresa que tem criado “ferramentas que tornam o canal de abastecimento alimentar mais eficiente, justo e transparente”.

“Conhecemos o Diogo e o Karan há já algum tempo e sempre ficámos impressionados pela ambição e visão para mudar o canal de distribuição da alimentação de uma boa maneira. Estamos confiantes de que a Katoo está no caminho certo para consolidar a sua posição de liderança no Sul da Europa e para replicar essa trajetória na América Latina”, sublinha Sergio Alvarez Leiva, Partner do K Fund.

Feitas as contas, a Katoo reúne, até ao momento, um total de investimento de 9,1 milhões de euros.

“A pandemia veio acelerar ainda mais a digitalização dos negócios e a restauração encontrou na Katoo, startup de FoodTech, uma ferramenta que aumenta a qualidade e eficiência porque potencia economias de escala e permite otimizar cadeias de valor. A proposta de valor da Katoo e a oportunidade de apoiarmos uma empresa cujo fundador é português a crescer no sul da Europa e na América Latina é uma excelente forma de conseguirmos ter impacto no ecossistema nacional e internacional”, assinala Pedro Santos Vieira, Managing Partner da Shilling.

A ronda de financiamento serve para a empresa lançar o negócio no mercado português e expandir o modelo para a América latina e outros países europeus.

“O canal de fornecimento de comida continua a ser muito old school. Fax, papel e caneta, e mensagens de voz são ainda consideradas uma regra de ouro. Esta ronda vai permitir-nos continuar a investir em fornecer a melhor tecnologia às pessoas que nos alimentam”, assinala o português Diogo Cunha, CEO da Katoo, empresa que conta ainda com o investimento de empreendedores como o cofundador da Glovo Sacha Michaud, da Tiller, Dimitri Farber, ou da TheFork, Marcos Alves Cardoso.

Com presença nos mercados de Itália e de Espanha, a Katoo chegou aos 220 milhões de dólares de transações anuais via app nos dois países.

Os responsáveis da empresa assumem que a conjuntura vivida com a pandemia veio impulsionar ainda mais o negócio da startup: nos últimos nove meses, os pedidos cresceram mais de oito vezes face ao início do ano.

“Lançámos a Katoo para facilitar a comunicação entre restaurantes e fornecedores. Com a COVID-19, provámos que as nossas ferramentas facilitam a relação entre os dois lados da equação, com menos erros e muito maior eficiência. Estamos focados em continuar a ajudá-los, lançando serviços financeiros como pagamentos centralizados e simplificados, explica Karan Anand, cofundador da startup.

“O impacto foi imediato”

“Todos os dias procuro trazer mais eficiência às nossas rotinas diárias. Quando a Katoo chegou aos nossos restaurantes, o impacto foi imediato. Menos tempo despendido em encomendas, comunicação mais direta com os fornecedores e menos erros no processo de compra e receção traduziram-se em custos mais baixos e numa melhor gestão do precioso tempo dos nossos responsáveis de F&B”, assinala Vasco Paiva Raposo, diretor de operações do Grupo Non Basta, um dos mais de 5.000 restaurantes e fornecedores com quem a Katoo trabalha, entre os quais se encontram também outras insígnias como a Poke House, a Rebel Asian, a Sushi at Home e a Natural Crave.

Com escritórios em Itália, Espanha e Portugal, grande parte da equipa da Katoo trabalha remotamente em diferentes países da Europa e da América latina.

A startup acredita no modelo de trabalho remoto que priorize a flexibilidade dos “Katooers”. Até ao final do ano, a Katoo quer triplicar a equipa, abrindo mais de 60 novas vagas, especialmente nas áreas de tecnologia, produto, growth e business development.

O que é a Katoo?

Fundada em 2019 pelo português Diogo Cunha e pelo espanhol Karan Anand, em Madrid, a Katoo opera atualmente em Espanha, Itália e Portugal.

Trata-se de uma plataforma criada para simplificar e facilitar a relação entre restaurantes e fornecedores.
Através de uma normal aplicação de pedidos, a Katoo permite aos chefs e aos gerentes dos restaurantes fazer pedidos de matéria-prima de forma rápida, fácil e imediata, via email ou Whatsapp.

A aplicação permite ainda aos seus utilizadores obter dados históricos, relatórios mensais e sumários de despesas, de forma a facilitar a gestão de recursos.

Mais Artigos