Habitação: Comprar casa em Portugal custou mais 20% em 2025

O preço médio de venda dos imóveis para habitação subiu dos 350 mil euros, registados em 2024, para os 420 mil euros em 2025, segundo o barómetro imobiliário anual realizado pelo portal Idealista. Analisando os dados relativos aos anúncios publicados na plataforma imobiliária, a empresa verificou que houve um crescimento de 20% no valor médio…
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Segundo o barómetro anual do Idealista, o segmento da aquisição de casa valorizou 20% face a 2024, sendo que Lisboa se mantém como o distrito mais caro do país, com um acréscimo de 30% no valor médio de compra. O valor médio do arrendamento no país subiu 4% em 2025.
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O preço médio de venda dos imóveis para habitação subiu dos 350 mil euros, registados em 2024, para os 420 mil euros em 2025, segundo o barómetro imobiliário anual realizado pelo portal Idealista. Analisando os dados relativos aos anúncios publicados na plataforma imobiliária, a empresa verificou que houve um crescimento de 20% no valor médio de venda anunciado, subida esta que foi transversal a grande parte do país. Os principais fatores que levaram a este incremento de valor prendem-se com a escassez de oferta, uma procura persistente e a valorização estrutural de algumas regiões.

Por outro lado, o valor do arrendamento registou uma valorização mais limitada, já que o valor médio subiu de 1.250 euros para 1.300 euros, um acréscimo de 4% face ao valor médio praticado em 2024. Porém, certas localizações nas quais as rendas eram mais acessíveis, sentiram aumentos mais acentuados.

Lisboa manteve-se como o distrito mais caro do continente com um preço médio de 650 mil euros. Este representou um crescimento de 30% face a 2024, cujo valor se situava nos 499 mil euros.

No que diz respeito ao mercado da aquisição de habitação, o barómetro do Idealista refere que Lisboa manteve-se como o distrito mais caro do continente com um preço médio de 650 mil euros. Este representou um crescimento de 30% face a 2024, cujo valor se situava nos 499 mil euros. Santarém destacou-se igualmente com uma variação idêntica, passa dos 185 mil euros para os 240 mil euros médios, tal como Beja, que passou dos 145 mil euros para os 189 mil euros. Segue-se Coimbra que valorizou 24%, estando agora o valor médio de aquisição nos 260 mil euros.

Arrendamento cresce, mas a menor ritmo

O Idealista refere ainda que ao longo de 2025, o crescimento no segmento do arrendamento foi menos concentrado nos grandes centros urbanos e mais expressivo nos mercados intermédios e periféricos. Destaca-se aqui a Guarda, como sendo o distrito com a maior subida anual, já que o valor médio aumentou cerca de 31%, passando dos 400 euros em 2024, para os 525 euros em 2025. Seguiu-se S- Miguel, nos Açores com um aumento de 25%, passando de 800 euros para cerca de mil euros, e Vila real, que passou dos 490 euros para os 600 euros, e Bragança, que subiu 15% para os 550 euros de valor médio.

A ilha da Madeira reforçou a sua posição de um dos mercados mais caros do país, com um valor médio de arrendamento de 1.650 euros, o que representou um acréscimo de 10%, face a 2024.

No centro o destaque vai para Santarém, que valorizou 7% com um preço médio de 800 euros e Leiria subiu 3% para os 827,5 euros. A Sul, Faro continua a ser o mercado com mais pressão, tendo o valor de arrendamento subido 14%, para os 1.250 euros. A ilha da Madeira reforçou a sua posição de um dos mercados mais caros do país, com um valor médio de arrendamento de 1.650 euros, o que representou um acréscimo de 10% face a 2024.

Tiago Ferreira, head of operations Real Estate Portugal da Imovirtual e OLX, refere, em comunicado, que “O que os dados de 2025 nos mostram é um mercado cada vez mais fragmentado e desigual, onde a pressão sobre a compra se mantém elevada e obriga a procura a redistribuir-se por outros territórios. A valorização já não é um fenómeno exclusivo dos grandes centros urbanos e começa a refletir uma mudança estrutural na forma como os portugueses procuram casa, seja por necessidade, seja por adaptação às limitações da oferta”.

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