O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) voltou a divulgar uma imagem que mostra fotos do presidente norte-americano Donald Trump encontradas nos arquivos de Epstein, que foram rapidamente removidas após a primeira divulgação em massa na passada sexta-feira, uma medida que provocou críticas significativas de autoridades eleitas de ambos os lados do espetro político.
Numa declaração nas redes sociais, o Departamento de Justiça afirmou ter removido uma imagem que continha fotografias de Trump depois de os procuradores de Nova Iorque terem levantado preocupações, uma vez que também incluía fotos de vítimas.
O DOJ afirmou que uma análise “determinou que não há provas de que qualquer vítima de Epstein esteja retratada na fotografia” e a imagem foi novamente disponibilizada sem qualquer “alteração ou censura”.
A medida surge depois de o DOJ ter enfrentado críticas severas por parte dos legisladores durante o fim de semana. O deputado Ro Khanna, democrata da Califórnia, um dos patrocinadores da Lei de Transparência dos Arquivos Epstein, disse que muitas das edições feitas pelo Departamento de Justiça foram “excessivas”, insistindo também que uma versão preliminar de uma acusação com 60 pontos e um memorando de acusação não foram divulgados na divulgação de arquivos na sexta-feira.
O deputado Thomas Massie, republicano do Kentucky, um dos principais patrocinadores do projeto de lei, disse que estavam a considerar a elaboração de acusações de desacato contra a procuradora-geral dos EUA Pam Bondi.
As acusações iriam “multar Pam Bondi por cada dia em que ela não divulgasse esses documentos”, disse Khanna à apresentadora Margaret Brennan do programa “Face the Nation” da CBS News, já que o Departamento de Justiça adotou uma abordagem de divulgar todos os arquivos de Epstein em parcelas, em vez de todos até o prazo final de sexta-feira especificado num projeto de lei.
O senador Tim Kaine, democrata da Virgínia, também criticou a resposta do Departamento de Justiça, dizendo à apresentadora do programa “Meet the Press”, Kristen Welker, que “todos esses arquivos precisam ser divulgados”.
Mas Kaine disse que qualquer acusação de desacato ou processos de impeachment seriam “prematuros” e que ele preferiria usar “projetos de lei de dotações e outras ferramentas para forçar o cumprimento, se alguém estiver a protelar”.
(Com Forbes Internacional/Zachary Folk)
