O grupo Inditex, dono da Zara, da Massimo Dutti, da Berska, da Stradivarius, entre outras marcas, voltou a bater um recorde de vendas. O grupo fundado pelo espanhol Amancio Ortega registou vendas de 28 mil milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, o que representou um incremento de 2,7% face ao mesmo período do ano passado. O lucro líquido cresceu igualmente, em cerca de 3,9%, atingindo os 4,6 mil milhões de euros, confirmando que, apesar de um cenário macroeconómico mais adverso, o grupo continua a mostrar solidez na sua performance. Relativamente ao terceiro trimestre, as vendas da empresa atingiram os 9,8 mil milhões de euros, um crescimento de 4,9%, e os lucros atingiram 1,8 mil milhões de euros, tendo crescido 9%.
Moda, tecnologia e logística são, para a XTB, os três pilares que sustentam a boa performance da multinacional, segundo a análise feita pela XTB.
Só no último mês ações da Inditex subiram cerca de 20%, estando a cotar – ao dia de ontem – nos 56,20 euros. A empresa está avaliada em cerca de 175 mil milhões de euros pelo mercado, o que confere ao seu fundador uma parcela de cerca de 145,8 mil milhões de dólares (125 mil milhões de euros), segundo a lista atualizada ao dia da Forbes internacional. O empresário é atualmente o 11º homem mais rico no planeta, e apesar de ter caído do nono lugar em fevereiro último, quando a Forbes publicou a lista anual dos mais ricos, subiu dos 124 mil milhões de dólares (cerca de 106 mil milhões de euros) para o valor atual. Só entre quarta e quinta-feira o empresário viu a sua fortuna valorizar em três mil milhões de dólares (cerca de 2,56 mil milhões de euros).
Segundo a análise da plataforma de investimento online, XTB, o grupo cresce acima do mercado devido a três principais eixos de atuação, e é assim que está a conseguir transformar eficiência operacional em rentabilidade máxima.
Tudo o que a Inditex está a fazer bem
Moda, tecnologia e logística são, para a XTB, os três pilares que sustentam a boa performance da multinacional. Assim, o primeiro é a criatividade e a relevância das coleções, – tantos as coleções de primavera/verão como a de outono/inverno foram bem recebidas pelo consumidor este ano – pois coleções interessantes vende-se pelo seu valor total, e não por campanhas de descontos e promoções. Este posicionamento do produto está mais focado na moda desejável, e menos na guerra dos descontos, o que contribuiu para o aumento da margem bruta.
“A Inditex tem vindo a investir de forma consistente em tecnologia, logística e renovação do parque de lojas, o que melhora a experiência do cliente e aumenta a eficiência operacional”.
Por outro lado, a estratégia omicanal, que integra lojas físicas com online, tem sido um motor fundamental no crescimento do negócio do grupo. “A Inditex tem vindo a investir de forma consistente em tecnologia, logística e renovação do parque de lojas, o que melhora a experiência do cliente e aumenta a eficiência operacional. A combinação de lojas bem localizadas, como também uma plataforma digital completa permite responder rapidamente às tendências, reduzir ruturas de stock e otimizar a rotação de produto, fatores decisivos para sustentar vendas em níveis recorde”, pode ler-se no research publicado pelos analistas da plataforma.
Por último, a XTB destaca o terceiro pilar como sendo a forte diversificação geográfica, que funciona como um amortecedor e um motor de crescimento. Ou seja, a presença em 200 mercados compensa oscilações regionais e climáticas. “Mesmo perante condições climatéricas bastante diferentes entre os países europeus, o grupo conseguiu manter um ritmo de vendas elevado, apoiado na expansão em diferentes geografias e na capacidade de adaptar coleções e calendário comercial às especificidades dos consumidores locais”, remata o research.





