Opinião

Tecnologia ao serviço de uma época festiva sem filas

Delfina Acácio

Está a chegar a época festiva e, com ela, um dos períodos de maior movimento no turismo nacional e internacional. Milhares de visitantes chegam a Portugal para celebrar o Natal e a Passagem de Ano, enquanto inúmeras famílias atravessam o país e as ilhas para reencontros que fazem desta quadra um momento único. Os aeroportos operam no máximo da sua capacidade, as estradas enchem-se de tráfego e o fluxo diário de passageiros — vindos tanto do estrangeiro como de diferentes regiões do país — coloca uma pressão acrescida em toda a cadeia de serviços que suporta estas deslocações.

Esta intensidade, tão típica deste período, impacta cada etapa da jornada do viajante: do controlo fronteiriço à zona de recolha de bagagem, dos transfers aos balcões de rent-a-car. Se queremos que este seja um tempo de celebração, tranquilidade e boas memórias — e não de longas esperas e frustração —, é essencial que os agentes do setor continuem a reinventar-se e a adotar a tecnologia como aliada decisiva para garantir fluidez e previsibilidade.

A urgência deste caminho tornou-se ainda mais evidente com a implementação faseada do novo Entry/Exit System (EES) da União Europeia, já em vigor, que introduz a recolha biométrica de dados para nacionais de países terceiros. Embora a médio prazo o sistema venha a aumentar a eficiência e a segurança das fronteiras, a sua adoção tem implicado tempos adicionais de processamento, especialmente em períodos de grande movimento como o Natal e a Passagem de Ano. Para o ecossistema turístico, isto traduz-se numa prioridade clara: tudo o que pudermos agilizar fora do controlo de passaportes — transfers, check-ins, aluguer de viaturas, meios de pagamento — será determinante para garantir que a experiência do viajante se mantém simples, fluida e alinhada com o espírito positivo da quadra.

A tecnologia já provou que reduz tempos de espera e aumenta a autonomia do utilizador quando bem implementada. E é precisamente isso que o passageiro procura nesta altura do ano: rapidez, conveniência e processos que permitam começar as festividades sem obstáculos.

O rent-a-car é uma peça-chave nesse percurso. Quem aterra — seja um português que regressa para a consoada ou um turista que vem conhecer o país — quer sair rapidamente do aeroporto rumo à família, ao hotel ou ao primeiro brinde de Ano Novo. Não quer enfrentar mais filas. Por isso, na Guerin colocámos o digital no centro da nossa operação com um objetivo claro: melhorar a experiência do cliente em todos os momentos.

Kiosks digitais (físicos e virtuais), check-in online, contratos digitais, pré-validação de documentos, dispensadores de chave e sistemas de Key Pickup/Drop são hoje elementos de uma cadeia tecnológica que substitui tarefas manuais, elimina burocracias e reduz erros. Quando o cliente chega, grande parte do trabalho invisível já está feito — e isso faz toda a diferença numa altura em que cada minuto conta.

Os benefícios são transversais a toda a cadeia de valor. Para o cliente, a digitalização traduz-se em menos tempo de espera, maior autonomia, mais transparência e uma flexibilidade total que lhe permite gerir toda a experiência — da reserva à devolução — de forma independente, mesmo fora do horário tradicional de atendimento. Para as equipas, esta transformação liberta tempo e energia para aquilo que verdadeiramente importa: resolver exceções com eficácia, cuidar da frota e prestar um atendimento humano e qualificado, especialmente relevante numa época tão emocional e simbólica como esta.

Portugal tem aqui uma vantagem competitiva importante: uma cadeia de valor turística madura, operadores tecnológicos locais e uma sazonalidade que justifica a automação. A Guerin foi pioneira ao oferecer o único processo 100% digital de aluguer em Portugal. Em 2024, 83% dos contratos nos aeroportos foram realizados via Kiosks Guerin, o tempo médio de atendimento foi reduzido para cerca de 9 minutos e o consumo de papel diminuiu drasticamente — um avanço especialmente relevante numa altura em que muitos consumidores valorizam escolhas mais sustentáveis.

Naturalmente, esta transição exige investimento, integração de sistemas, cibersegurança e forte gestão da mudança, incluindo formação das equipas, mapeamento de exceções e a garantia de atendimento presencial para quem o prefere ou necessita. Mas o custo de não agir é maior: filas, frustração e a erosão da preferência do cliente — que, hoje, decide com base na experiência tanto quanto no preço.

A Guerin é prova de que uma época festiva sem filas não é utopia: é uma decisão estratégica. E a nossa é clara — liderar a mobilidade digital em Portugal, evoluindo para um processo totalmente online e mobile, disponível 24 horas por dia, sete dias por semana.

A nossa ambição vai além do presente: tornar o aluguer de viaturas ainda mais rápido, flexível e sustentável, apoiado em telemática, soluções keyless e digitalização dos processos sempre com vista a melhorar a experiência do cliente.

Delfina Acácio,
Diretora-Geral da Guerin

 

Artigos Relacionados