Durante a abertura da primeira edição do “Forbes PME Power, que decorre hoje em Leiria, o secretário de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional, Hélder Reis, destacou o papel determinante das pequenas e médias para transformar Portugal e criar riqueza.
O secretário de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional começou por destacar que o evento permite sublinhar um tema central nas agendas de desenvolvimento económico e territorial do País: “o papel determinante das pequenas e médias empresas no reforço da competitividade, da coesão das nossas regiões, bem como os desafios enfrentados pelas PME e o seu notável caminho para o sucesso”. Hélder Reis realçou que “hoje celebramos as PME que cresceram, que inovaram e que se destacaram. Mas celebramos também todas aquelas que silenciosamente mantêm viva a economia das nossas regiões, que criam oportunidades e que constroem diariamente o futuro”.
Para Hélder Reis, cada PME bem-sucedida “representa um esforço coletivo de empreendedores, trabalhadores, parceiros e comunidades que acreditam no futuro dos seus territórios. No contexto da coesão territorial e desempenho regional, as PME são, por excelência, o motor silencioso, mas poderoso das economias locais. Quando analisamos os territórios que conseguiram prosperar de forma sustentável, encontramos sempre um dominador comum, um ecossistema forte e diversificado de pequenas e médias empresas”.
O governante lembrou que falar das PME “é falar de desenvolvimento económico, de coesão territorial, de mobilidade social e de futuro. As PME representam mais de 99% do tecido empresarial nacional, sustentam uma parte substancial do emprego, geram empregos de proximidade, estimulam a inovação e mantêm vivas as dinâmicas económicas que sustentam a coesão territorial e, em muitos casos, na primeira linha da inovação aplicada, aquela que transforma ideias em produto e conhecimento em valor”.
Hélder Reis salientou que, nos últimos anos, o País tem enfrentado desafios profundos como a necessidade de acelerar a transição digital, de reforçar a resposta às alterações climáticas, de diversificar as bases produtivas, de aumentar a produtividade e de garantir a distribuição equitativa da riqueza criada por todo o território. Perante este cenário, realçou que “nada disso se faz sem empresas, nada disso se faz sem PME de excelência. A excelência das PME, o seu sucesso, não se mede apenas por indicadores financeiros, económicos ou de valor de exportações. Resulta, sobretudo, da sua capacidade de construir valor a partir de recursos locais, de transformar desafios em oportunidades e de inovar mesmo em contextos adversos”.
O membro do Governo afirmou que o momento que vivemos são tempos de oportunidade. E detalhou que “temos hoje ao nosso dispor instrumentos financeiros europeus e nacionais que nos permitem alavancar o desenvolvimento regional. O Portugal 2030, o PRR, as agendas mobilizadoras do recente instrumento financeiro para a inovação e competitividade, e os recursos disponibilizados pelo Banco Português de Fomento, constituem um conjunto de recursos sem precedentes”. Chamando a quem de direito as responsabilidades, admitiu que “cabe-nos, enquanto governo, criar as condições para que estes instrumentos se traduzam em investimento real, inovação concreta e valor económico tangível. Cabe às empresas transformar esta oportunidade em crescimento efetivo, em emprego unificado e em capacidade exportadora”.
Face aos constrangimentos que as empresas enfrentam quando se trata de aceder aos fundos europeus, assumiu que o Governo está a trabalhar para “melhorar algumas das áreas de relação entre as empresas e os fundos europeus”. E identificou os três constrangimentos: a falta de previsibilidade dos avisos, o facto de a avaliação de candidaturas exceder tempos que são incompatíveis com quem precisa investir e a demora no prazo de pagamentos.
Hélder Reis destacou ainda que as PME com estatuto gazela “demonstram que crescer depressa e de forma sustentável é possível em Portugal. Mostram que não existe incompatibilidade entre o que é local e o que é global, entre a dimensão territorial e a ambição internacional”. E acrescentou que “a sua capacidade de expansão prova que os territórios portugueses, mesmo naqueles considerados periféricos, têm talento, têm visão e têm potencial para se afirmarem nos mercados cada vez mais exigentes e dinâmicos. As empresas são, de certa forma, laboratórios vivos do que queremos para o futuro económico do País”.
O membro do Executivo assumiu ainda que “o Governo continuará a trabalhar lado a lado com os territórios e com as empresas para que Portugal se torne um país mais competitivo, territorialmente mais equilibrado, socialmente mais justo e mais resiliente no contexto dos desafios globais que temos pela frente”. Hélder Reis realçou que “o sucesso das PME se manifesta quando uma empresa cresce de forma sustentável, quando incorpora inovação, quando expande mercados, quando se internacionaliza, quando cria emprego estável, quando contribui para transformar o território em que está inserida. É com este compromisso que devemos prosseguir, construir políticas públicas que valorizem o empreendedorismo, reforcem o tecido empresarial e consolidem um desenvolvimento regional mais coeso, inclusivo e orientado para o futuro”.
A Forbes Portugal promove a iniciativa PME Power 2025 em parceria com a Iberinform e a Câmara Municipal de Leiria e com o apoio da Cegid, Crédito Agrícola, Chanceplus, Ó Capital, RQA Construção e Yunit Consulting.

