A Greenvolt, através da sua participada Greenvolt Power, assinou um acordo para a venda de dois projetos de sistemas de armazenamento de energia em baterias (BESS) na Polónia, em fase de pronto-a-construir, com uma capacidade total de 300 MW / 1,2 GWh. Em comunicado, a empresa liderada por Manso Neto detalha que o comprador é a Northland Power, produtor de energia canadiana que detém e opera um portfólio diversificado de ativos de infraestrutura energética a nível mundial.
No mesmo comunicado, a Greenvolt explica que os dois projetos, Mieczysławów (200 MW / 800 MWh) e Kamionka (100 MW / 400 MWh), situam-se no oeste da Polónia e foram concebidos para garantir uma duração de armazenamento de quatro horas, reforçando a flexibilidade do sistema e proporcionando serviços essenciais de balanceamento. Os dois contratos estão previstos durar 17 anos, estão indexados à inflação, e deverão iniciar a construção em 2026, tornando-se, quando operacionais, dos primeiros projetos BESS de grande escala na Polónia.
A empresa salienta que esta venda está “alinhada com a estratégia de rotação de ativos da Greenvolt, que prevê a venda de cerca de 70–80% dos ativos desenvolvidos internamente, mantendo 20–30% no balanço”. Este modelo, de acordo com a Greenvolt, permite “uma alocação eficiente de capital e apoia a aceleração do desenvolvimento de projetos solares, eólicos e de armazenamento de grande escala na Europa, América do Norte e Ásia”.
Citado no comunicado, o CEO do grupo, João Manso Neto, realça que “este acordo demonstra a capacidade da Greenvolt para desenvolver e levar ao mercado projetos de grande escala, nomeadamente no armazenamento em baterias”. Manso Neto salienta que “temos um pipeline estrategicamente localizado que está a atrair forte interesse do mercado, permitindo-nos executar a nossa estratégia de rotação de ativos, reciclar capital e acelerar a implementação de projetos de energia limpa”.
O grupo sublinha que o sistema elétrico polaco “está a evoluir rapidamente, passando de uma produção predominantemente baseada em carvão para fontes renováveis. Prevê-se que a capacidade fotovoltaica e eólica instalada cresça substancialmente até 2050, aumentando a necessidade de soluções de armazenamento de grande escala capazes de equilibrar a rede e garantir a sua fiabilidade”.
