Ana Figueiredo defende longevidade como motor estratégico para inovação e liderança no EuroAmericas Forum

Sob o tema “Longevidade: Motor de Oportunidades Globais”, a segunda edição do EuroAmericas Forum decorre na Nova School of Business and Economics, em Carcavelos, nos dias 17 e 18 de novembro de 2025. Organizado pelo Conselho da Diáspora Portuguesa, o encontro pretende reforçar a relação estratégica entre a Europa e as Américas, reunindo vozes de…
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Na segunda edição do EuroAmericas Forum, Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal, sublinhou que a longevidade deve ser encarada como um eixo central para a gestão, a inovação tecnológica e a resiliência das organizações. A líder destacou a importância de colocar as pessoas, a sustentabilidade e a colaboração no centro das estratégias que moldarão as economias e democracias do futuro.
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Sob o tema “Longevidade: Motor de Oportunidades Globais”, a segunda edição do EuroAmericas Forum decorre na Nova School of Business and Economics, em Carcavelos, nos dias 17 e 18 de novembro de 2025. Organizado pelo Conselho da Diáspora Portuguesa, o encontro pretende reforçar a relação estratégica entre a Europa e as Américas, reunindo vozes de referência para discutir alguns dos temas centrais da agenda política global.

Entre os momentos em destaque está o Keynote Speech de Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal, que sublinhou a importância da longevidade enquanto conceito que ultrapassa o simples aumento da esperança média de vida. Ao abrir o painel dedicado à inovação, indústria e resiliência da força de trabalho, a responsável destacou que a longevidade “é um tema determinante do ponto de vista da gestão, da liderança, das empresas privadas aos setores públicos”.

“Acho que todos reconhecemos que vivemos um momento de intensa transformação”, afirmou. Recordou ainda que, em Portugal, “existem já menos de três pessoas em idade ativa por cada pessoa com mais de 65 anos”, um cenário que espelha tendências globais e que, segundo disse, exige criatividade, reorganização e reflexão estratégica por parte dos líderes.

Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal

A CEO frisou também a necessidade de colocar as pessoas, a sustentabilidade e a colaboração no centro da inovação tecnológica. Destacou o investimento das operadoras em redes avançadas, cerca de 10 mil milhões de euros nos últimos anos, que permitiram a Portugal alcançar mais de 95% de cobertura de fibra ótica e posicionar-se nos rankings europeu e mundial pela qualidade das suas infraestruturas digitais. “Sem redes robustas e seguras, não é possível avançar com a digitalização, a inteligência artificial ou soluções colaborativas”, reforçou.

Segundo Ana Figueiredo, a MEO tem integrado equipas intergeracionais, algo que a CEO considera “uma mais-valia”. A aposta passa pela formação contínua em novas tecnologias e por modelos de trabalho mais flexíveis. “Queremos passar de um modelo trifásico para um modelo multifásico”, explicou, defendendo práticas que acelerem a transferência de conhecimento, estimulem a criatividade e reforcem a resiliência coletiva num contexto de mudanças rápidas e disruptivas.

Através de soluções de automação inteligente, a MEO tem procurado apoiar as comunidades em áreas como a conectividade e a educação digital, sempre com foco na valorização das pessoas e na requalificação das equipas face às exigências do mercado. “Acredito que o sucesso depende de promover ambientes dinâmicos, de aprendizagem contínua e de cooperação entre gerações”, concluiu, sublinhando que “a pessoa, o indivíduo” deve permanecer “no centro da decisão e de estratégias verdadeiramente humanistas”.

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