A América Latina e Portugal necessitam de voltar a cooperar entre si, de forma a desenvolverem modelos de negócio que beneficiem os dois países. “Há muitas relações históricas entre a América Latina e Portugal que têm de ser recuperadas. Os mercados são próximos basta olhar para os portugueses que vivem na Venezuela”, afirmou Angel Cardenas, gestor de infraestruturas para o desenvolvimento urbano e cidades criativas do CAF Banco de Desenvolvimento da América Latina | Uruguai, na segunda edição do EuroAmericas Fórum, evento promovido pelo Conselho da Diáspora Portuguesa e que decorre na Nova SBE, em Carcavelos esta segunda-feira.
O gestor salientou que a necessidade de uma visão a longo prazo para que seja possível ter êxito económico entre as duas regiões. “Ambos os países têm um grande potencial de colaboração. É preciso identificar as oportunidades”, referiu.
Angel Cardenas deixou ainda o alerta para o problema da longevidade na América Latina e que poderá afetar a região seriamente dentro de 25 anos.
“Em 2050, uma em cada 5 pessoas da américa latina irá terá 65 anos e passará dos 8% para os 25% da população. É preciso apostar na longevidade e apostar na estabilidade social e política. Caso contrário, este envelhecimento poderá custar-nos 7,3 triliões de dólares em 2050”, sublinhou.
De resto, o gestor salientou que a América Latina tem cidades que vão concentrar 85% da população em 2050, por isso a urbanização é também um desafio, aliada à criminalidade. “Temos de responder a quatro desafios: transição energética, transportes, digitalização e transição verde”, realçou.





