Isabel Vaz, CEO da Luz Saúde, foi keynote speaker e oradora do painel “A Ciência da Longevidade Da Neurodegeneração ao Envelhecimento Saudável”, do Euro Americas Forum 2025, evento que decorreu hoje na Nova SBE, em Carcavelos. Até 2050, o número absoluto de pessoas com 65 anos duplicará em todo o mundo e, em Portugal, haverá mais idosos em relação à população ativa.
“Os cuidados de Saúde serão diferentes. Isto irá mudar a forma como os provedores do sistema privado terão de se organizar ao futuro”, diz Isabel Vaz. A gestora explica ainda que a longevidade é influenciada por diversos fatores, desde os sociais aos tecnológicos. “Temos de olhar de forma holística para a saúde. A saúde é multifatorial, temos que associar inclusão, segurança, qualidade de vida, mas também tecnologia e inteligência artificial (IA)”, acrescenta a CEO da Luz Saúde.
Sob o tema “Longevidade: Motor de Oportunidades Globais”, esta segunda edição Euro Americas Forum pretende explorar como a longevidade vai muito além do aumento da esperança média de vida – representa a construção de sistemas de saúde resilientes, a criação de cidades sustentáveis e a promoção de parcerias globais duradouras que permitam democracias e economias que perdurem ao longo de gerações.
Nesse sentido, Isabel Vaz partilhou também o palco com Cláudia Cavadas, Mestre em Ciências Farmacêuticas e Doutorada em Farmacologia, Universidade de Coimbra, Ricardo Baptista Leite, CEO da HealthAI – A Agência Global para IA Responsável na Saúde e Rahim Lakhani, CEO, TLG Global. A moderação ficou a cargo de George Perry, Professor de Neurociência e Química, Universidade de Texas. “Estamos a investir na interoperabilidade entre médicos, enfermeiros e restante equipa. Temos de falar a mesmo língua, seguir a mesma metodologia para que possamos ter vias de saúde mais personalizadas”, sublinha a gestora. Isabel Vaz defende ainda a necessidade de investir mais numa “nova arquitetura de dados, investir nos sistemas e integrar inovações abertas para melhorar os fluxos de trabalho”.
Já Cláudia Cavadas, Mestre em Ciências Farmacêuticas e Doutorada em Farmacologia, Universidade de Coimbra, desatacou a importância do estudo do cérebro para o envelhecimento. “Temos que pensar na prevenção. Apenas 20% da nossa longevidade está inscrita nos nossos genes, o restante está no nosso estilo de vida”. A especialista alertou ainda para a perturbação da saúde e o aparecimento de doenças caso o ritmo circadiano se altere.
Ricardo Baptista Leite, CEO da HealthAI, a Agência Global para IA Responsável na Saúde, afirmou que existe uma necessidade urgente de mudança de comportamentos. É necessário prevenção, diagnóstico, gestão e eficiência. “Temos de alinhar incentivos para que a promoção da saúde se torne a prioridade”, diz Ricardo Baptista Leite, que sublinha ainda a necessidade de criação de instrumentos que avaliem e tornem mais eficiente os sistemas de Saúde. “Precisamos de detetar os desafios antes de se tornarem problemas e podemos fazê-lo através da IA, com modelos de partilha de dados, que se forem usados para ensaios e investigação podem melhorar a nossa saúde”.
Rahim Lakhani, CEO, TLG Global, sublinhou que a longevidade não é só o que se passa dentro do corpo, mas todo o ambiente. “Há características de design nos hotéis ou hospitais que ajudam a ter ambientes mais inclusivos, seguros e com impacto enorme. Os edifícios também envelhecem e é igualmente necessário mudar o seu ciclo de vida”.
Sob o tema “Longevidade: Motor de Oportunidades Globais”, esta segunda edição do Euro Americas Forum 2025 pretende explorar como a longevidade vai muito além do aumento da esperança média de vida – representa a construção de sistemas de saúde resilientes, a criação de cidades sustentáveis e a promoção de parcerias globais duradouras que permitam democracias e economias que perdurem ao longo de gerações.





