Khartoon Weiss sobre o TikTok: “Nós criámos uma série de maneiras diferentes para as pessoas se tornarem empreendedoras”

Como não poderia deixar de ser, ou não fosse esta, a par com o Instagram, uma das redes sociais que mais cresceu nos últimos anos, o TikTok foi um dos temas de destaque no palco principal da edição de 2025 da Web Summit. Num painel com o título "TikTok: A cultura que move o mundo",…
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Khartoon Weiss, responsável pelas soluções empresariais a nível global do TikTok, foi uma das oradoras da edição de 2025 da Web Summit.
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Como não poderia deixar de ser, ou não fosse esta, a par com o Instagram, uma das redes sociais que mais cresceu nos últimos anos, o TikTok foi um dos temas de destaque no palco principal da edição de 2025 da Web Summit. Num painel com o título “TikTok: A cultura que move o mundo”, Katie Drummond, diretora editorial global da Wired, conversou com Khartoon Weiss, responsável pelas soluções empresariais a nível global da plataforma.

Logo na sua primeira intervenção, e ao longo de toda a conversa, Weiss fez questão de destacar o papel da comunidade de criadores de conteúdo no crescimento do TikTok, que descreveu como um “motor de crescimento criativo”.

“Aquilo que mais nos orgulha é a nossa comunidade de criadores. Nós criámos uma série de maneiras diferentes para as pessoas se tornarem empreendedoras”, afirmou, destacando ferramentas como os dados a que lhes dão acesso, a inteligência artificial – “que os vai ajudar e não substituir” -, serviços de linguagem e, por fim, o impulso no crescimento dos seus negócios.

Para traçar um desenho real daquilo que é a influência do TikTok, Drummond pegou no exemplo de Zohran Mamdani, recentemente eleito “mayor” de Nova Iorque, que contou com uma enorme campanha no TikTok. Já Khartoon Weiss optou por outros três exemplos. “O primeiro é o BookTok. Levou a um aumento de 40% nas vendas de livros em todo o mundo nos últimos 12 a 18 meses. É incrível. Vimos as pessoas a voltar a ler livros. Isso é muito importante, porque somos uma plataforma de entretenimento e também estamos aqui para ajudar as pessoas a crescer e aprender. Outra coisa que temos visto e que é simplesmente incrível são as viagens e as conversas sobre viagens. Pessoas de Lisboa a Quioto estão a viajar com base em algumas das recomendações [que encontram no TikTok]. Elas não estão a visitar apenas grandes cidades e monumentos, estão realmente a ficar mais próximos da comunidade porque estão a aprender e a descobrir coisas novas na plataforma. E depois, outra área que eu diria que tem impacto é a das pequenas empresas”, afirmou.

Para o terceiro ponto, Weiss usou um exemplo de um negócio em Lisboa. Há cerca de seis anos visitou a capital portuguesa e comprou umas luvas que recomenda a toda a gente. Na atual visita, queria comprar umas para oferecer à mãe. Quando chegou à loja os proprietários disseram-lhe que estava tudo esgotado. “Porquê?”, perguntou. “TikTok”, foi a resposta.

Segurança no digital

A responsabilidade do próprio TikTok para garantir a segurança dos seus utilizadores foi um dos temas em cima da mesa. Ou não fosse a questão dos dados ligada ao governo chinês um dos temas mais associados à plataforma. “Se não tivermos a confiança como base não temos o direito de passar tempo com os nossos milhões de utilizadores, sem essa confiança não podemos manter a comunidade”, defendeu Khartoon Weiss.

Para assegurarem esse ambiente, existem coisas como centros de transparência espalhados pelo mundo, em que as pessoas podem aceder a dados estatísticos, um controlo ligado aos utilizadores mais novos e um programa de moderação com, segundo a própria, 99,2% de precisão. A ajudar nessa moderação está a inteligência artificial. Trata-se de “usar a tecnologia para o bem”, concluiu.

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