A edição de 2025 da Web Summit já bateu recordes: 1.857 investidores — o maior número de sempre — marcam presença na MEO Arena e na FIL, em Lisboa. Este aumento de 74% face a 2024 reflete a vitalidade do ecossistema e o crescente apetite por novas ideias, negócios e parcerias que nascem no coração de Lisboa.
Relativamente ao número de participantes, a organização informa que na Web Summit estão 71.386 participantes, provenientes de 157 países (no ano passado, a Web Summit em Lisboa registou um recorde de 71.528 participantes de 153 países).
São ainda 2.725 startups de 108 países a competir pela atenção de fundos de investimento e de grandes empresas tecnológicas. A inteligência artificial domina a edição de 2025, representando quase um quinto de todas as startups presentes. Seguem-se as áreas de SaaS, saúde e bem-estar, fintech e sustentabilidade — espelhos das tendências que moldam o futuro da economia digital.
Outro marco relevante é o avanço da representatividade feminina: 40% das startups foram fundadas por mulheres, um recorde que reforça o compromisso da Web Summit com a inclusão e a visibilidade de lideranças diversas no setor tecnológico.
O impacto da conferência vai muito além dos três dias de exibição. De acordo com dados da Crunchbase, quase 200 startups participantes em 2024 obtiveram financiamento após o evento, totalizando 715,5 milhões de dólares. É uma métrica que alimenta as expectativas para os negócios que podem emergir desta edição — e uma prova de que o networking feito em Lisboa gera resultados concretos no mundo real.
Nos palcos, a programação envolve 869 oradores, entre líderes de empresas tecnológicas, investidores e personalidades da cultura e do desporto. Maria Sharapova, hoje investidora e empreendedora, junta-se a nomes como Toto Wolff, CEO da Mercedes-AMG Petronas F1 Team, Alex Schultz, diretor de marketing da Meta, e Cristiano Amon, presidente e CEO da Qualcomm. Entre as empresas emergentes que mais entusiasmo geram estão a Lovable, a Runway e a Replit.
A Web Summit 2025 também estreia dois novos espaços de debate: o China Summit, dedicado à cooperação tecnológica entre a China e o resto do mundo, e o Future of Media Summit, que reúne editores e jornalistas de mais de 1.500 meios de comunicação para discutir o impacto da tecnologia e da inteligência artificial no futuro do jornalismo.
Mas nem só de palcos se faz a Web Summit. Quatro centenas de encontros temáticos — de mulheres na tecnologia a programadores de backend, passando por sessões de meditação e até de Jenga gigante — ajudam a criar ligações significativas entre participantes. Tudo é orquestrado pelo Summit Engine, o sistema proprietário da organização, que usa dados e algoritmos para aproximar pessoas e empresas com interesses e objetivos comuns.
O evento não esquece a vertente social. Este ano, o programa IMPACT apoia mais de 30 iniciativas comunitárias e dá palco a organizações como a Sigma Labs, da Palestina, e o Lisbon Project, que trabalha com refugiados. Paralelamente, a Women Leaders Circle e a Tech Connect Africa lideram sessões sobre inclusão e liderança.
A nova geração também marca presença: 52 estudantes irlandeses participam no Scholar Programme, uma experiência imersiva que lhes permite acompanhar de perto os bastidores da produção e conhecer empreendedores e investidores globais.
Na abertura do evento, o fundador e CEO da Web Summit, Paddy Cosgrave, lembrou o percurso da Revolut, que há uma década surgiu como uma pequena startup na conferência. “Hoje é a empresa privada mais valiosa da Europa”, recordou. “Tenho a certeza de que há outro Revolut aqui este ano — talvez vários.”





