O mais recente estudo “True-Luxury Global Consumer Insights”, da Boston Consulting Group (BCG) e Altagamma, revela uma transformação no consumo de luxo. As prioridades deslocam-se da ostentação para o emocional: bem-estar, beleza e design de interiores são agora as áreas com maior potencial de crescimento, com um aumento previsto de 10% nos gastos nos próximos 18 meses.
Esta tendência, apelidada de health-as-wealth, reflete sobre a mentalidade emergente de “saúde como riqueza” que os consumidores tendem vindo a adotar, em detrimento de uma requalificação em direção à mais-valia do investimento e ao que se torna mais importante na vida dos consumidores, aponta a análise.
“Neste momento de transformação para o setor do luxo, as marcas que colocarem o cliente de topo no centro da sua estratégia e forem capazes de criar experiências verdadeiramente personalizadas e exclusivas, com base em produtos de excelência e relações de confiança, estarão não só a responder às expectativas deste segmento como também a dar resposta às novas exigências do mercado, redefinindo assim o seu futuro”, afirma Clara Albuquerque, Managing Director e Partner da BCG.

O estudo realça ainda a necessidade urgente de as marcas de luxo repensarem as suas abordagens com os clientes e apresenta uma estratégia baseada em recolocar o foco do luxo no essencial: Relacionamento com cliente (privilegiar o contacto humano e a personalização, através da GenAI, que pode gerar insights valiosos para a construção de conexões mais duradouras); experiências exclusivas (apostar em experiências memoráveis, que garantam a intimidade desejada pelos consumidores de luxo e os incentivem a regressar); qualidade do produto (investir e controlar a cadeia de abastecimento, garantindo que o produto é percecionado pela sua qualidade e pelo modo artesanal como é desenvolvido); e identificação dos novos clientes (enriquecer a recolha de dados e realizar uma segmentação sofisticada, através de uma ferramenta CRM, que permita facilmente identificar os clientes de topo).
“O futuro do luxo será, inevitavelmente, mais seletivo e centrado no consumidor. Neste novo ciclo, permanecerão as marcas que tiverem a ousadia de voltar a focar no essencial: servir menos clientes, mas de uma melhor forma, com produtos de excelência, relações de confiança e experiências que tragam de volta o verdadeiro significado do luxo”, conclui o estudo eu se baseou em inquéritos a mais de 7 mil consumidores distribuídos por 10 países e também com base no banco de dados Wealth-X da Altrata que conta com mais de 150 mil (HNWI) perfis.





