A companhia energética nacional anunciou hoje resultados recorde: o lucro líquido ajustado no terceiro trimestre atingiu os 407 milhões de euros, o que representou um crescimento de 53% face ao trimestre homólogo do ano anterior. Em comunicado enviado à CMVM, a empresa revela ainda que, até 30 de setembro, o resultado líquido RCA (resultado ajustado a custo de substituição) aumentou 9%, tendo atingido nesta data os 973 milhões de euros. Já o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) atingiu, neste período, os 2,42 mil milhões de euros, valor que representou uma quebra de 7% face aos nove meses equivalentes do ano anterior.
“O desempenho e a eficiência dos nossos vários negócios permite-nos navegar a imprevisibilidade do mundo atual e continuar a investir nas oportunidades que surgem da transformação do nosso setor”, disse Maria João Carioca, co-CEO e CFO da Galp.
Relativamente aos resultados do terceiro trimestre, a Galp refere que metade do valor alcançado teve origem na produção de petróleo e gás no Brasil sendo que o crescimento foi suportado pelas atividades de aprovisionamento e trading de gás natural e ainda pela disponibilidade do aparelho refinador. Este último permitiu capturar a recuperação internacional das margens de refinação, mais do que compensando o impacto da desvalorização das cotações do crude. Recorde-se que o Brasil está a ser liderado por Paula Pereira da Silva, a primeira mulher a assumir as operações naquele mercado.
O EBITDA do terceiro trimestre cresceu 11% face ao período homólogo de 2024, tendo alcançado os 911 milhões de euros. Relevante foi o facto de que quase 80% deste resultado teve origem nas atividades internacionais. “Estes resultados mostram a solidez dos nossos investimentos e a capacidade de crescer nos diferentes mercados”, disse, em comunicado, a Co-CEO e CFO da Galp, Maria João Carioca. “O desempenho e a eficiência dos nossos vários negócios permite-nos navegar a imprevisibilidade do mundo atual e continuar a investir nas oportunidades que surgem da transformação do nosso setor”, acrescentou a responsável.
Investimento de 273 milhões de euros no trimestre
Nestes três meses a companhia nacional realizou investimento no valor de 273 milhões de euros, tendo sido aplicados dois terços deste valor aplicados na aceleração da construção, em Sines, das unidades de produção de hidrogénio verde de 100MW e de biocombustíveis avançados de baixo carbono. Foram ainda utilizados para a modernização da rede de lojas e na expansão da rede de carregamento elétrico e da capacidade dos ativos de produção fotovoltaica. O restante valor foi aplicado no Brasil, sobretudo no projeto Bacalhau, na região do Pré-sal da Bacia de Santos, que iniciou a produção em outubro através de uma das maiores e mais eficientes unidades flutuantes de produção offshore do mundo. A região Pré-sal é a área de reservas de petróleo e gás natural localizada na plataforma continental brasileira, a mais de 7.000 metros de profundidade, que fica situada sob uma espessa camada de sal.
O EBITDA do terceiro trimestre cresceu 11% face ao período homólogo de 2024, tendo alcançado os 911 milhões de euros. Relevante o facto de que quase 80% deste resultado teve origem nas atividades internacionais.
Ainda relativamente aos resultados do terceiro trimestre, a Galp refere que a geração de caixa operacional ajustada atingiu 753 milhões de euros, um aumento de 39% face ao mesmo período de 2024, enquanto a geração de caixa das operações aumentou 65% para 783 milhões de euros. Já o free cash flow foi de 548 milhões de euros, o que compara com os 193 milhões de euros no mesmo período do ano anterior e permitiu que a empresa reduzisse o endividamento líquido em 245 milhões de euros face trimestre anterior. A empresa melhorou assim o rácio de dívida líquida sobre EBITDA para 0,4 vezes, o que considera ser uma posição financeira sólida face à média da indústria.





