A aquisição de 153 novos comboios pela CP vai permitir renovar 35% do material circulante da transportadora ferroviária de passageiros, assegurando “um melhor serviço público”, avançou o Ministério das Infraestruturas. A informação foi detalhada em resposta escrita à Lusa, após a assinatura do contrato entre a CP – Comboios de Portugal e o consórcio Alstom/DST para a maior compra de automotoras de sempre da transportadora, no valor de 746 milhões de euros, que abrange as 117 unidades inicialmente previstas mais 36 adicionais cuja opção de compra a CP foi mandatada a acionar.
Segundo o ministério liderado por Miguel Pinto Luz, o valor unitário das 36 automotoras adicionais “é idêntico ao das demais unidades destinadas ao serviço urbano”, que passam agora para um total de 98 (inicialmente 62) e que se destinam a “renovar as frotas aos serviços nas linhas de Cascais, Sintra, Azambuja, Sado e suburbanas do Porto (Aveiro, Braga, Guimarães e Douro/Marco de Canaveses)”. As restantes 55 unidades destinam-se ao serviço regional e vão abranger todo o território.
Está também prevista a instalação de uma fábrica de comboios em Matosinhos (distrito do Porto), o que, segundo a empresa, iria representar cerca de 300 postos de trabalho diretos e 1.500 indiretos.
“Os comboios sairão de Barcelona e de Guifões [Matosinhos], conforme contratualização, a partir do primeiro trimestre de 2029 e durante os 40 meses subsequentes”, adiantou o Governo, ou seja, mantém-se a data prevista para o início das entregas, mas a CP está a “diligenciar no sentido de conseguir junto do fabricante a antecipação” das restantes até perfazer as 153 automotoras. “Esta diligência encontra-se em curso, pelo que a respetiva autorização de despesa será concedida assim que a mesma se encontre concluída”, referiu o Ministério das Infraestruturas.
Em causa está a maior compra de sempre da CP, adjudicada ao consórcio liderado pela fabricante francesa Alstom por 746 milhões de euros e contestada em tribunal pelas concorrentes CAF e Stadler. Como noticiou a Lusa, em 09 de setembro, a CP confirmou que o efeito suspensivo de uma segunda impugnação ao concurso público, apresentada pela espanhola CAF, tinha sido levantado. Em julho, já tinha sido levantado o efeito suspensivo de uma primeira impugnação, apresentada pela suíça Stadler.
Está também prevista a instalação de uma fábrica de comboios em Matosinhos (distrito do Porto), o que, segundo a empresa, iria representar cerca de 300 postos de trabalho diretos e 1.500 indiretos.
(Lusa)